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À mesa com Gleisi Hoffmann e Siqueira, Paulo Câmara pode destravar Senado hoje

A oito dias do XV Congresso Nacional da Autorreforma do PSB, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, divide a mesa do almoço, em Brasília, nesta quarta-feira (20), com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.

No menu, as alianças, cujas articulações carecem de desfecho nos estados ainda. Pernambuco, naturalmente, é um dos focos. No Estado, a chapa encabeçada pelo PSB ainda não tem nome definido para concorrer ao Senado. O Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) do PT nacional definiu que é preciso reforçar, diante do PSB, o pleito pela referida vaga.

O detalhe é que, por questão de “timing” ou por demais variáveis envolvidas, os interesses do PT e do PSB parecem, agora, coincidir em relação a esse tema mais do que outrora. Nas hostes socialistas, a temperatura, como a coluna cantara a pedra, mudou nos últimos dias, quando a alternativa André de Paula para a Casa Alta passou a desidratar.

Essa leitura tem sido crescente entre lideranças do PSB, que admitem a necessidade de conferir “nitidez política e ideológica” à chapa, realçando a aliança com o ex-presidente Lula. E é isso que faz, agora, o nome de André ser visto como um fator capaz de gerar “contradições”. Tal argumento se ancora não só na votação do impeachment, mas ainda no que membros da Frente Popular tacham de “pós-impeachment”.

Fazem referência aos votos depositados por André, que esbarram na ideologia que pauta o PT. Na semana passada, as críticas de Lula à Reforma Trabalhista ajudaram a jogar luz sobre essa “inequação” que pode se instalar, caso André venha a ser o escolhido. O PT de Pernambuco, por sua vez, em reunião da Executiva estadual na semana passada, tirou uma Resolução indicativa em favor do nome do deputado Carlos Veras para concorrer à Casa Alta, mas deixou, no texto, um reconhecimento “às qualidades” da deputada estadual Teresa Leitão.

No ninho socialista, não se descarta que Teresa volte à superfície do debate como solução. Consenso, na Frente Popular, é que é preciso ter uma mulher na chapa e ela já sinalizou que seu nome não estaria colocado para vice. A conversa de Paulo Câmara, hoje, com Gleisi Hoffmann e Siqueira pode ser determinante para um desfecho.

Briga é pelo cabo eleitoral


A presença de Gilberto Carvalho, que foi ministro dos governos Lula e Dilma, em plenária promovida, nesta terça-feira (19), em Garanhuns, pelo presidente estadual do PT, Doriel Barros, denota o interesse elevado do PSB e do PT-PE em deixarem claro qual é o palanque oficial de Lula em Pernambuco. Danilo Cabral e Paulo Câmara, que cumpriam agenda em Bom Conselho e Saloá, marcaram presença, assim como Carlos Veras.

O palanque > “Da parte do presidente Lula, eu tenho plena convicção de que o palanque dele aqui é o palanque dessa aliança com o Danilo, com os candidatos a deputados e ao Senado que nós tivermos aqui. Quero inistir nisso. Não é uma coisa superficial, ela tem profundidade”, destacou Gilberto Carvalho.

Atentos  > Os socialistas passaram o dia, ontem, atentos aos movimentos do presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força, que foi sondado por Ciro Nogueira, foi à mesa com Eduardo Leite, mas acabou fechando mesmo com Lula. Paulinho avisou que formaliza aliança com o PT no próximo dia 3. Caso contrário, o projeto de Marília Arraes poderia sofrer prejuízos.

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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo

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