Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes visita ocupação no edifício Condomínio Vila do Mar e é impedida de entrar por ocupantes

Representantes da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes realizaram uma visita à ocupação no edifício Vila do Mar, que foi invadido por um movimento de moradia. A ocupação tem chamado a atenção da comunidade local devido ao risco que as famílias enfrentam ao permanecerem no local.

O encontro foi liderado pela Defesa Civil e acompanhada por secretariado da prefeitura, durante a visita os representantes da prefeitura entregaram ao líder do movimento e alguns ocupantes todo o processo judicial que comprova os perigos enfrentados pelas famílias ao permanecerem dentro da estrutura do edifício.

No entanto, apesar dos esforços para dialogar e fornecer informações relevantes, o líder do movimento não permitiu que a equipe da defesa civil ingressasse no recinto. Essa recusa levantou questionamentos sobre as condições de segurança e a regularidade da ocupação, gerando preocupação entre as autoridades municipais.

Vale salientar que o condomínio é de propriedade privada e administrado por uma seguradora. Mais cedo foi tentado vincular na imprensa que o movimento era feito por moradores de Jardim Monte Verde o que foi negado pelos moradores segundo matéria do Jornal do Comércio.

Segundo moradora de edifício a frente da ocupação, o movimento chegou na madrugada em micro ônibus e com organização por parte dos ocupantes. “Chegaram bem organizados durante a madrugada. Microônibus trouxeram eles até aqui como se estivesse sendo muito bem orientados”

Presidente do Movimento é pré-candidato a vereador, em 2024, pelo PSB

O presidente do Movimento de Luta por Teto e Trabalho (MLTT), David Lira, anunciou a sua pré-candidatura a vereador para as eleições em 2024 no dia 21 de junho. Lira participou de um ato de filiação ao Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Após a repercussão, uma internauta – que contou ser familiar de parte das vítimas que morreram após as fortes chuvas que acometeram Pernambuco em 2022 – afirmou que a comunidade não quer ligação com movimentos que não garantam a segurança de outras pessoas. 

“Não queremos vínculos e nem participar de movimentos que não veem a segurança de outras pessoas, pois a gente sabe a dor de perder alguém e jamais iríamos querer que as pessoas saiam das barreiras para prédios que podem cair”, afirma um perfil no Instagram.

Entre os comentários, outra moradora também voltou a afirmar que a ocupação não foi realizada por moradores de Jardim Monte Verde. “Vocês estão se aproveitando da tragédia do meu bairro para fazer uma ocupação ilegal. Que falta de empatia com os parentes que perderam os seus familiares e os seus lares”, relata.