Polônia, Ucrânia e os três países bálticos se opõem à reintegração dos atletas russos e bielorrussos nas competições internacionais — de acordo com uma declaração conjunta publicada nesta segunda-feira (27).
Às vésperas de uma reunião da comissão executiva do Comitê Olímpico Internacional (COI), “não há uma única razão para se afastar do regime de exclusão de atletas russos e bielorrussos estabelecido pelo COI há mais de um ano”, após a invasão russa na Ucrânia, estimam os cinco países em sua declaração divulgada nos sites de seus respectivos Ministérios das Relações Exteriores.
Pressionado a esclarecer sua posição, o COI discute, nesta terça-feira (28), o retorno de russos e bielorrussos às competições internacionais. Essa possibilidade aumenta as tensões diplomáticas, ante a aproximação dos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, cujas eliminatórias para algumas modalidades já começaram.
Para a organização olímpica, a suspensão não pode durar para sempre. “Nenhum atleta deve ser banido da competição apenas com base em seu passaporte”, afirma o COI há vários meses, apoiando-se, entre outros elementos, na opinião de dois especialistas das Nações Unidas.
Polônia, Ucrânia, Lituânia, Estônia e Letônia alegam que “não é a nacionalidade dos atletas que determina seu papel, mas o fato de serem patrocinados/apoiados por seus governos, ou empresas, que apoiam o regime russo, que continua sua guerra de agressão contra a Ucrânia, ou estão diretamente afiliada ao Exército russo”.
Na última quinta-feira (23), a Federação Alemã de Esgrima renunciou à organização da etapa do Mundial de florete feminino, marcada para o início de maio em Tauberbischofsheim. Em sua decisão, a instituição considerou haver “demasiadas questões em aberto” sobre a reintegração das atletas excluídas.
Poucos dias depois, a federação ucraniana da disciplina anunciou que boicotará todas as competições, em que houver atletas russos e bielorrussos inscritos. Essa ameaça, por parte de Ucrânia, Polônia e países bálticos, já paira sobre os Jogos Olímpicos de 2024.
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Fonte: Folha PE