A aliados, o governador Paulo Câmara chegou a informar, ao longo dessa semana, que revelaria seu candidato a governador até a próxima terça-feira (31).
Gerou, em função disso, em integrantes da Frente Popular, uma expectativa de que “da semana que não vem não passa”.
Nessa mesma terça-feira, no entanto, como a coluna cantara a pedra, o chefe do Executivo estadual vai se reunir ainda com o presidente estadual do PDT, Wolney Queiroz, num encontro institucional no Palácio das Princesas, às 8h.
Os dois conversaram na última quinta-feira (27), na Praia dos Carneiros, como a coluna antecipara, mas em um almoço com tom mais informal.
Considerando esse roteiro, pode ser que o anúncio não saia antes da próxima sexta. O PSB vem batendo na tecla de que não abre mão da cabeça de chapa, o que, até o momento, no entanto, não fez o PT recuar da alternativa Humberto Costa para concorrer ao Governo do Estado.
Na hora que Paulo Câmara bater o martelo em um nome do PSB, automaticamente, o PT precisará recorrer a um Plano B na composição da chapa e a vice não é uma alternativa, hoje, aos olhos dos petistas.
Como a coluna apurou e registrou ontem, aos petistas, interessa, sobretudo, ter um “exército” no parlamento, o que coloca, necessariamente, o Senado como segunda opção da legenda.
Em outras palavras, o PT não vai aceitar que o PSB decida tudo sozinho.
Há um sentimento de que a crise em Pernambuco, que poderia não ocorrer, residirá, exatamente, aí, nessa possibilidade de o PSB não permitir que o PT indique o candidato ao Senado.
Há quem avalie que isso pode gerar “uma guerra”. Os petistas querem brigar até o fim para indicar candidato a governador, mas, em caso de impossibilidade, não vão aceitar que o PSB escolha candidato do PT e o mais provável, nessa hipótese, é que o PT queira a vaga do Senado.
Há uma fila, na Frente Popular, para ocupar esse espaço e ela inclui os seguintes nomes: Eduardo da Fonte (PP), Silvio Costa Filho (Republicanos), André de Paula (PSD), Wolney Queiroz (PDT) e Luciana Santos (PCdoB).
Desse conjunto, os três primeiros costumam ter posições dissonantes do PT em votações no Congresso Nacional, o que, aos olhos do partido, é o que deve contar na escolha dos nomes.
Marília não seria alternativa
Ainda que reste ao PT escolher um nome para o Senado, a deputada federal Marília Arraes, embora tenha aparecido ventilada como alternativa, é vista no PSB como “não palatável” e, no PT, como opção que “não une”. Essa leitura pode ser encontrada tanto na esfera local, como na nacional. As arestas da eleição da Mesa Diretora da Câmara ainda não foram apagadas. Há uma avaliação de que um pré-requisito seria “agregar”.
Me dê… > A opção do PT pelo Senado, caso não possa encabeçar a chapa, tem a ver com o tamanho do partido e importância. Mas tem relação também com os petistas avaliarem que já estarão fazendo gesto em abrir mão da cabeça de chapa e que, para o PSB, em Pernambuco, o apoio de Lula é fundamental.
…motivo > Quando Paulo Câmara, finalmente, decidir seu candidato a governador, outro desafio se iniciará na construção com os partidos da Frente Popular e ele tem a ver com o Senado: o PT vai querer a vaga.
Planalto > O deputado federal André Janones lança sua candidatura à Presidência da República pelo Avante, hoje, no Recife. Ele integra as fileiras do partido de Minas Gerais e está em seu primeiro mandato na Câmara Federal, mas já andou empatando em pesquisas com candidatos que tentam furar a polarização Lula x Bolsonaro.
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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo
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