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Apostando em ter Kassab no 1º turno, PT já não descarta Alckmin na vice pelo PSD

Ainda que Gilberto Kassab já tenha declarado não ver “a menor chance” de o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ser vice do ex-presidente Lula pelo PSD, nas hostes petistas, tal hipótese ainda não está descartada.

Ao contrário, há uma corrente avaliando que mais interessaria ao PT ter um partido de centro na vice do que ter o PSB, legenda com a qual Alckmin negocia atualmente.

Lula tem dito que cabe ao ex-tucano escolher a sigla a qual vai se filiar, mas já chegou a mencionar que seria importante ele optar por um partido que seja “adequado”.

Em paralelo, o diálogo entre Lula e Kassab corre fluído e frequente. E Kassab age para sair do pleito deste ano, tendo o PSD como maior legenda parlamentar.

No entanto, algumas frustrações pelo caminho, como o fato de não ter conseguido filiar Alckmin para disputar o Governo do São Paulo, podem acabar dando motivos para que o dirigente nacional do PSD se adiante na composição com o PT.

Ao menos, há uma bolsa de apostas, nas hostes petistas, dando conta disso.

Fala-se não só na hipótese de Alckmin se filiar ao PSD, mas ainda na chance de o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, retirando uma eventual candidatura sua à presidência da República, fazer acordo para ter o apoio do líder-mor do PT à sua reeleição para presidência do Congresso.

Ainda para esta semana, há encontro agendado, em meio às articulações para Geraldo Alckmin se filiar ao PSB, entre ele e Jonas Donizette, presidente do diretório do PSB paulista.

Fontes atentas a essas construções advertem que, se fosse para bater o martelo no ingresso no PSB, o encontro teria que ser com Carlos Siqueira, dirigente nacional da legenda.

Alertam ainda que o nível de exigência imposto pelos socialistas para uma filiação, pode acabar prejudicando as costuras. Nos bastidores, paira um entendimento de que, hoje, interessaria mais ao PT ter Alckmin no PSD do que no PSB, que já integra a aliança, além de fazer parte do mesmo campo do PT, da esquerda. 

Caminho inverso

No PT, o que se comenta é o seguinte: não é que Geraldo Alckmin, ingressando no PSD, garante o partido na vice de Lula, mas o contrário. Leia-se: uma articulação de Gilberto Kassab com Lula pode precipitar uma composição, já no 1º turno, e isso abriria caminho para o ex-governador vir a ser o vice de Lula pelo PSD.  

Enem > No próprio PSB, se admite que algumas condições foram impostas para que Geraldo Alckmin atravesse para as hostes socialistas. Há quem diga que o grau de exigências faz lembrar o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e que isso pode não deixar Alckmin tão satisfeito. 

Lá se vai > Os ruídos entre PSB e PT tem a ver com a chapa presidencial, mas perpassam a construção dos palanques nos Estados e atravessam a questão da federação, tema, inclusive, de reunião, iniciada às 19h de ontem, com as presenças dos presidentes nacionais Carlos Siqueira (PSB), Luciana Santos (PCdoB), Gleisi Hoffmann (PT) e José Luiz Pena (PV). 

Regressiva > Conforme a coluna havia apurado, o governador Paulo Câmara recebe, hoje, às 8h, o presidente estadual do PDT, Wolney Queiroz, no Palácio do Campo das Princesas. O encontro deve marcar o final da primeira rodada de conversas com partidos aliados sobre sucessão. Ausculta, agora, é no PSB.

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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo

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