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Pesquisa mostra disputa por 2º lugar na corrida para governador e desafios regionais na largada

A quatro meses do pleito que se avizinha, a primeira pesquisa divulgada pela Folha de Pernambuco em parceria com o IPESPE – Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas aponta que 18% dos entrevistados demonstram “muito interesse” pela eleição para o Governo do Estado. Somando essa parcela aos que sinalizam ter “algum interesse” (32%), se chega a 50%, enquanto outros 50% apresentam “pouco ou nenhum interesse”. Nesse cenário de ainda baixa atenção do eleitorado ao tema, a amostra realça um quadro de disputa pela segunda colocação na corrida pelo Palácio do Campo das Princesas. 

Diretora executiva do IPESPE, Marcela Montenegro realça que, tirando Marília Arraes (Solidariedade), que aparece em primeiro lugar na estimulada, com 29% das intenções de voto, os outros quatro pré-candidatos figuram em empate técnico, considerando a margem de erro de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos. Isso resulta em indefinição sobre quem é o segundo nome. “Mesmo com Raquel numericamente à frente, se constata um segundo lugar fragmentado entre esses quatro postulantes, empatados dentro da margem de erro”, explica Marcela, se referindo ao percentual da ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), que tem 13%, seguida do ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), com 12%, de Danilo Cabral (PSB), com 10%, e do ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, com 9%. 

Há de se considerar que a corrida deste ano, em Pernambuco, é marcada pela presença de boa parte dos nomes com serviços prestados já em administrações municipais, e, naturalmente, cada um com força localizada em uma determinada região, o que lhes confere, como tarefa já de largada, um desafio comum de, via comunicação e estratégia de campanha, ampliarem seus níveis de conhecimento nas demais áreas, onde ainda são alvo de alto grau de desconhecimento.

No caso de Anderson Ferreira, por exemplo, o índice de desconhecimento dele é maior no interior do Estado, onde ele marca 45%, enquanto na Capital esse índice é de 30% e, na periferia (engloba a Região Metropolitana menos a Capital), de 26%. No total, ele marca 38% no quesito “Não conhece o suficiente/ Não sabe/ Não respondeu”. É rejeitado por 36% que, sobre ele, respondem: “não votaria de jeito nenhum”. O percentual, no entanto, fica muito próximo do que seus adversários pontuam no mesmo quesito.

Danilo Cabral, por exemplo, marca 35% nesse tópico da rejeição. No recorte do desconhecimento, tem um total de 34%. Essa parcela de “Não conhece o suficiente/ Não sabe/ Não respondeu” chega a 41% na Capital, 40% na periferia e, no interior, isso cai para 29%. Danilo, como Marília, não integra o rol dos que já comandaram prefeitura, sendo natural de Surubim, no Agreste.

Marília Arraes, por sua vez, tem 34% de rejeição e apenas 19% não a conhecem. Quando o entrevistado é perguntado se “com certeza votaria” nela, ela marca 24%, mesmo percentual dos que dizem que “poderiam votar”. Essa soma lhe confere um percentual de 48% de potencial de voto contra os 34% de rejeição. “Marília tem uma imagem já mais consolidada”, sublinha Marcela Montenegro, em referência ao fato de que os demais oscilam entre 8% e 10% no quesito “com certeza votaria”. Na Capital, a pré-candidata do Solidariedade tem só 13% de desconhecimento, que chega a 25% na periferia e baixa para 18% no interior.

O interior do Estado representa 58% do eleitorado, a periferia responde por 24% e a Capital, por 18%. Miguel Coelho tem 42% de desconhecimento, isso vai a 46%¨na Capital, a 49% na periferia e cai para 38% no interior. A rejeição dele fica em 30%. Raquel Lyra aparece com um ponto percentual a menos de rejeição do que Miguel. Ela é rejeitada por 29% e desconhecida por 34% no total. Esse desconhecimento se eleva a 49% na Capital, cai para 41% na periferia e desce para 27% no interior.

Marcela grifa que os percentuais refletem a consistência regional de cada um. Há um detalhe a ser levado em conta: a Capital e a RMR, embora detendo menor fatia do eleitorado do que o interior, figuram como formadoras de opinião, disseminadoras de informação, o que reforça o peso delas na conta. Quando se observa o Estado como um todo, há, em geral, um nível de conhecimento mais alto dos pré-candidatos dentro do seu mercado eleitoral primário. Assim, eles largam com o desafio de ampliar seus níveis de conhecimento para além de suas regiões de origem.

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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo

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