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Onde joga? Brasileirão Feminino começa nesta sexta com indefinição sobre locais de partidas

Hoje, às 20h, Santos e Flamengo fazem a partida inaugural do Brasileirão Feminino A1, principal campeonato de futebol disputado pelas mulheres no país. O confronto será na Vila Belmiro — em um dos raros momentos em que os times femininos, mesmo com o crescimento da modalidade e recordes recentes de público, jogarão na mesma casa que os homens.

Isso evidencia alguns dos problemas ainda enfrentados pela competição. O primeiro deles é a falta de definição sobre os locais dos jogos. O Cruzeiro, por exemplo, só comunicou através das redes sociais que a partida inaugural, contra o Grêmio, acontecerá no Estádio Castor Cifuentes, em Nova Lima, faltando pouco mais de 48 horas para o início do duelo. Na tabela detalhada pela CBF, 23 dos 80 primeiros jogos ainda não têm a confirmação do estádio — 28.75% do total.

O Santos, junto com a Ferroviária, faz parte do seleto grupo que disponibiliza seu principal estádio para os jogos do time feminino — pelo menos nas primeiras 10 rodadas, recorte detalhado pela entidade.

O Flamengo joga no Estádio Luso-Brasileiro, que pertence à Portuguesa, com capacidade para pouco mais de 5 mil torcedores. As Meninas da Gávea, como são chamadas, nunca jogaram no Maracanã e ainda não há previsão para que isso ocorra — o que foi alvo de críticas da lateral Tamires, do Corinthians e da seleção, após a Supercopa.

— Conheço todas as meninas desse time, todas batalham muito e para mim não pode, com a camisa que o Flamengo tem, colocar essas meninas para jogar no campo que jogaram.


 

A pequena capacidade de torcedores não é, no entanto, uma exclusividade do Flamengo. O São Paulo, que já sediou jogos do feminino no Morumbi, optou por utilizar o estádio do CT de Cotia, cerca de 35 quilômetros distante do centro da cidade, que comporta apenas 1.500 torcedores. O Cruzeiro e o Atlético-MG estão em situação semelhante, e vão se alternar usando o mesmo estádio: o do Sesc Alterosas, em Belo Horizonte, com capacidade para apenas dois mil torcedores.

No regulamento do campeonato, a CBF exige que os estádios da primeira fase tenham uma capacidade mínima de mil torcedores, e o número sobe para 10 mil das quartas de final em diante. Os locais também devem ter um laudo técnico que comprove as condições de segurança necessárias para realizar as partidas, mas não dispõe sobre a qualidade do gramado — nem para o masculino.

Ida ao interior


O Palmeiras optou por uma via diferente: fechou parceria com o Paulista, de Jundiaí, e usará o estádio e o CT para o feminino. A ideia surgiu porque o Allianz Parque tem, além do futebol, um calendário de eventos culturais extenso. O Estádio Doutor Jayme Cintra, com capacidade para 13 mil pessoas, passará por reformas no gramado e no vestiário, custeados pelo alviverde pelos próximos dois anos.

Outros clubes, como o Grêmio e o Internacional, vão alternar o lugar de seus jogos. A Arena do Grêmio, com capacidade para 60 mil, dividirá os holofotes com o modesto Estádio Airton Ferreira da Silva, que comporta 2 mil torcedores. O Sesc Campestre, que deve sediar os jogos com portões fechados, já que tem capacidade apenas para 2.700 torcedores, vai dividir o protagonismo com o Beira-Rio. E a expectativa é alta: no primeiro jogo da final do Brasileirão do ano passado, contra o Corinthians, o público foi de 36.330 presentes. Foi o segundo maior número na história da modalidade, perdendo apenas para o jogo de volta, quando as brabas do time paulista venceram por 4 a 1 diante de 41.070 torcedores nas arquibancadas.

Atual campeão brasileiro, o Corinthians escolheu o Nogueirão como o palco para a estreia no campeonato, amanhã às 11h. O estádio, que fica em Mogi das Cruzes, pode receber até 10 mil espectadores. Mas quem quiser se planejar para os próximos duelos encontrará dificuldades: o clube ainda não definiu onde jogará as próximas partidas como mandante.

O Sportv transmite a primeira fase, e a TV Globo exibe duelos da fase final.

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Fonte: Folha PE

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