Após a divulgação de novas imagens dos ataques golpistas em Brasília, de 08 de janeiro, o interventor federal no Distrito Federal, Ricardo Capelli, adiou a entrega do relatório detalhado sobre o episódio.
As imagens, que já circulam na imprensa e nas redes sociais, são do Supremo Tribunal Federal. Ao observar a sequência, é possível ver que havia uma barreira de homens, grades e viaturas da Polícia Militar, na lateral do Congresso Nacional, a chamada via “S”, na Esplanada dos Ministérios. Isso enquanto os vândalos golpistas se aproximam já do prédio do legislativo. No entanto, as viaturas começam a sair da barreira, restando apenas poucos policiais e facilitando a passagem para essas pessoas irem até o STF.
Após ver as imagens, Ricardo Cappelli classificou como “graves” e fora dos padrões. O interventor ainda anunciou que os fatos vão ser apurados pela corregedoria da PM, porque as imagens sugerem “falhas graves no planejamento e na execução” e garantiu que a lei será cumprida.
Com isso, Ricardo Capelli decidiu adiar a entrega do relatório ao Supremo para incluir essas imagens. O ministro da Justiça, Flávio Dino, explica o documento.
A intervenção federal, decretada pelo Presidente Lula no dia dos atentados, tem validade até o dia 31 de janeiro, e Flávio Dino já anunciou que não vai ser prorrogada. Mas a atuação da Força Nacional vai durar até 04 de fevereiro, como forma de garantir a segurança na esplanada, durante a posse dos deputados e senadores eleitos em outubro.
Durante a intervenção, o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, afastou do cargo o governador do DF, Ibaneis Rocha, devido aos ataques aos prédios na praça dos Três Poderes e pela falta de ação da PM do DF. Antes disso, Ibaneis havia exonerado do cargo de secretário de segurança pública o delegado Anderson Torres. Nesta quinta-feira, a governadora interina, Celina Leão destacou que o novo secretário de Segurança, Sandro Avelar, só deve tomar posse depois de ser liberado pela Polícia Federal, já que ele é delegado da PF. Como a intervenção federal vai até o dia 31, o novo secretário só pode assumir a pasta da segurança depois disso.
Avelar chega ao cargo antes ocupado por Anderson Torres, que já foi ministro da Justiça de Jair Bolsonaro. Anderson Torres estava nos Estados Unidos, no dia dos ataques antidemocráticos, e foi preso ao retornar ao Brasil.
Fonte: Agência Brasil