• Jonathan Amos
  • Correspondente de ciência da BBC News

Crédito, NASA/ESA/CSA/STScI/Webb ERO Production Team

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A Nebulosa da Tarântula, localizada a apenas 161 mil anos-luz da Terra, é um lugar onde nascem milhares de estrelas

Foi um presente de US$ 10 bilhões para o mundo. Uma máquina que mostraria nosso lugar no Universo.

Muitos se perguntaram se este sucessor do famoso Telescópio Espacial Hubble poderia realmente corresponder às expectativas.

Tivemos que esperar alguns meses enquanto seu épico espelho principal de 6,5m era desdobrado e ajustado, e seus outros sistemas testados e calibrados.

Mas, sim, foi tudo o que disseram que seria. As agências espaciais americana, europeia e canadense fizeram uma festa em julho para divulgar as primeiras imagens coloridas do telescópio.

Nesta reportagem, reunimos algumas das imagens publicadas posteriormente que você talvez tenha perdido.

Crédito, Nasa/Esa/CSA/STScI

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A Nebulosa da Águia, a 6,5 mil anos-luz da Terra, vista em infravermelho médio (primeira imagem) e infravermelho próximo (segunda imagem)

A primeira coisa que você deve lembrar sobre o James Webb é que ele é um telescópio infravermelho. Ele vê o céu em comprimentos de onda de luz que estão além do que nossos olhos são capazes de registrar.

Os astrônomos usam suas diferentes câmeras para explorar regiões do cosmos, como estas grandes torres de gás e poeira. Os Pilares da Criação, na Nebulosa de Águia, eram um dos alvos favoritos do Hubble. Você levaria vários anos viajando na velocidade da luz para percorrer toda esta cena.

Nebulosa Carina

Crédito, NASA/ESA/CSA/STScI

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Os chamados “penhascos cósmicos” formam a beira de uma cavidade gasosa dentro da Carina, uma nebulosa formadora de estrelas

Eles chamam este cenário de “penhascos cósmicos”. É a beira de uma gigantesca cavidade gasosa dentro de outra nebulosa formadora de estrelas, conhecida como Carina.

A cavidade foi esculpida pela intensa radiação ultravioleta e pelos ventos de estrelas jovens e quentes.

De um lado a outro desta imagem, há uma distância de aproximadamente 15 anos-luz. Um ano-luz equivale a cerca de 9,46 trilhões de quilômetros.

Galáxia Cartwheel

Crédito, NASA/ESA/CSA/STScI/Webb ERO Production Team

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Galáxia Cartwheel, em forma de roda, foi formada a partir da colisão de galáxias

Esta grande galáxia à direita foi descoberta pelo grande astrônomo suíço Fritz Zwicky na década de 1940.

Sua intrincada estrutura que lembra a forma da roda de um carro é resultado de uma colisão frontal com outra galáxia. O diâmetro é de cerca de 145 mil anos-luz.

Planeta Netuno

Crédito, NASA/ESA/CSA/STScI

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Imagem do planeta Netuno, em nosso sistema solar, foi registrada pelo telescópio James Webb

O James Webb não espia apenas o Universo profundo. Ele investiga objetos em nosso próprio sistema solar também.

Esta joia é o oitavo planeta a partir do Sol: Netuno, visto com seus anéis.

Os pequenos pontos brancos que o cercam são luas, assim como a grande “estrela pontiaguda” no topo. Trata-se de Tritão, o maior satélite natural de Netuno. As pontas são resultado da forma como o sistema de espelhos do James Webb é construído.

Nebulosa de Órion

Crédito, NASA/ESA/CSA/STScI-PDRs4All ERS Team

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A nebulosa de Órion é outro criadouro de estrelas

Órion é uma das regiões mais conhecidas do céu. Trata-se de uma região de formação estelar, ou nebulosa, a cerca de 1.350 anos-luz da Terra.

Nesta imagem, o telescópio James Webb retrata uma estrutura chamada Orion Bar (“Barra de Órion”, em tradução livre), que é uma parede densa de gás e poeira.

Dimorphos

Crédito, NASA/ESA/CSA/STScI/C.Thomas/I.Wong

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O telescópio capturou a imagem do choque do asteroide Dimorphos com a sonda enviada pela Nasa para tentar desviar a trajetória do astro celeste

Em uma das principais histórias espaciais do ano, a Nasa colidiu propositalmente uma espaçonave contra um asteroide, chamado Dimorphos, para ver se era possível desviar a trajetória da rocha espacial de 160 metros de largura.

A agência espacial americana estava testando uma estratégia para defender a Terra no caso de asteroides que possam representar uma ameaça no futuro.

O James Webb capturou a chuva de 1.000 toneladas de detritos gerada pelo impacto.

WR-140

Crédito, NASA/ESA/CSA/STScI/JPL-Caltech

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A morte lenta de uma estrela em imagem capturada pelo James Webb

Esta foi uma das imagens do James Webb mais intrigantes do ano. “WR” se refere a Wolf-Rayet. É um tipo de estrela grande que está chegando ao fim de sua vida.

As estrelas Wolf-Rayet lançam enormes ventos gasosos no espaço. Uma estrela companheira, oculta nesta imagem, está comprimindo esses ventos para formar poeira.

As conchas de poeira que você vê se estendem por mais de 10 trilhões de quilômetros. Isso é 70 mil vezes a distância entre a Terra e o nosso Sol.

Galáxia Fantasma

Crédito, NASA/ESA/CSA/STScI

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A mais de 30 milhões de anos-luz da Terra, a galáxia M74 com seu aspecto fantasmagórico

A M74, chamada de Galáxia Fantasma, é conhecida por seus ostensivos braços em espiral. Está a cerca de 32 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Peixes, e quase de frente para nós, oferecendo ao Telescópio James Webb a visão perfeita desses braços e da sua estrutura.

Os detectores do telescópio são particularmente bons em captar todos os filamentos de gás e poeira.

Crédito, NASA

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Ilustração do James Webb no espaço: o telescópio deve ficar 20 anos em operação