Nos últimos dias, os confrontos entre os militares israelenses e os militantes do Hezbollah, no Líbano, mataram quase mil libaneses e fizeram aproximadamente dois mil feridos. Em Israel pereceram dois militares e um civil e quase não se contabilizaram internações hospitalares. Israel foi insultado antes, há aproximadamente um ano, por terroristas do Hamas, com ataque surpresa, sórdido, noite de festa, contra a população civil, chacinando pessoas e fazendo reféns.
O país atacado estava desatento mas não desprevenido, a reação fez-se rápida, inclemente, devastadora, contra o Hamas e as demais organizações terroristas que o apoiam, entre elas a do Hezbollah, não se sabe se o medo ou o ódio ou desejo de vingança fez os contendores perderem os limites da temperança e do bom senso. Agora, a conduta é matar, matar e matar.
Se as guerras são sujas, indefensáveis, imagine o terrorismo. Um e outro caminham sobre cadáveres, não fazem conta de vítimas culpadas ou inocentes, envolvidas ou alheias à motivação insana dos conflitos. O que importa é lambuzar sua história de sangue humano, de tragédia, de traições, de medo, ódio, lágrimas, sofrimentos.
A beligerância entre os povos remonta aos tempos mais antigos de que se tem notícia, não nos deixando lembrança de grata recordação, mas não se sabe, com precisão, se a humanidade já nasceu louca ou a partir de quando perdeu o juízo.
José de Siqueira Silva é Coronel da reserva da PMPE
Mestre em Direito pela UFPE e Professor de Direito Penal
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27/09/2024 às 13:48