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Fifa renova até 2030 acordo com Associação Europeia de Clubes

Um calendário de seleções mais pesado, mas mais dinheiro para os clubes: a Fifa renovou nesta segunda-feira até 2030 seu acordo com a Associação Europeia de Clubes (ECA), um passo importante para poder ampliar suas competições.

Firmado na 29ª assembleia geral da ECA em Budapeste, este acordo “reforça a relação” entre as organizações, dando uma “estabilidade a longo prazo ao futebol de seleções e clubes”, explicaram as duas partes.

Objetivamente, os clubes que cedem seus jogares às seleções receberão uma compensação maior, de US$ 335 milhões (R$ 1,7 bilhão, na cotação atual) na Copa do Mundo de 2026, frente aos US$ 209 milhões (pouco mais de R$ 1 bilhão) das edições de 2018 e 2022.

Em contrapartida, os clubes europeus, que empregam os melhores jogadores do mundo, se comprometem a aceitar até 2030 o calendário de jogos entre seleções, aprovado em 14 de março.

Este apoio é crucial para o presidente da Fifa, Gianni Infantino, reeleito no dia 16 de março sem oposição até 2027 e que prevê estender o controle da entidade tanto no futebol de seleções como no futebol de clubes.

Além da ampliação da Copa do Mundo para 48 seleções, a Fifa também vai passar a organizar o Mundial de Clubes a cada quatro anos, com 32 equipes, a partir de 2025.

Se esta nova competição não agrada as ligas europeias nem a Uefa, que habitualmente reclamam do calendário saturado e dos riscos crescentes de lesões, a ECA deu seu “apoio”, assim como à criação de uma futura Copa do Mundo de clubes feminina.

O acordo firmado em Budapeste “reconhece o papel central dos clubes no futebol mundial e garante que estes sejam corretamente representados no processo de decisões nas questões que os afetam”, afirmou Nasser Al-Khelaifi, presidente da ECA, do Paris Saint-Germain e do grupo de mídia BeIN.

O dirigente catari anunciou que a Fifa e a ECA irão “aprofundar suas relações de trabalho” sobre o novo Mundial de Clubes, “incluindo os aspectos esportivos e comerciais da edição 2025” e a “gestão dos direitos” das edições seguintes, a exemplo da gestão conjunta da ECA e da Uefa das competições europeias de clubes.

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Fonte: Folha PE

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