Após ter passado por São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Minas Gerais, agora é a vez de Pernambuco provar o sabor que preserva a floresta. Os principais restaurantes do Recife, litoral sul e agreste recebem, entre os dias 20 de maio e 05 de junho, o Festival Gosto da Amazônia. O público vai experimentar criações de chefs badalados, em variados estilos e propostas. São receitas únicas preparadas com o pirarucu selvagem de manejo, o maior peixe de escamas de água doce do mundo – o gigante da Amazônia chega a três metros e 200 quilos. A ideia é divulgar e incentivar o consumo do peixe, cada vez mais valorizado na gastronomia, além de gerar renda para as comunidades ribeirinhas e indígenas, que contribuem para a conservação de mais de 11 milhões de hectares da Amazônia. Acompanhe gente também no Instagram, onde você pode receber várias dicas de viagem e conhecer paisagens incríveis! É só clicar AQUI!
Crédito: Ricardo Castilho Junior / Cedida pela Assessoria de Imprensa do Evento
“Aqui no Cais Rooftop, já trabalhávamos com o pirarucu selvagem de manejo. A sua carne é extremamente saborosa, com a vantagem de não possuir espinhas e ser muito versátil, com vários tipos de cortes como lombo ou barriga”, ressalta Renato Valadares, chef de cozinha da casa. O lançamento oficial do evento acontece no restaurante Cais Rooftop Lounge Bar, dia 18 de maio, para convidados, com um grande encontro de chefs, que não se reúnem em um evento deste porte desde o início da pandemia. Na ocasião, alguns chefs participantes, conhecidos pela sua cozinha criativa, farão uma ode ao Gosto da Amazônia, projeto pautado pelo respeito aos ingredientes e à tradição.
Crédito: Ricardo Castilho Junior / Cedida pela Assessoria de Imprensa do Evento
O festival mostra a convergência dos diversos estilos da gastronomia em torno de uma causa sustentável, além de ser uma importante iniciativa de apoio à retomada do setor. Participam cafeterias, hamburguerias, bistrôs, restaurantes tradicionais e contemporâneos. “Queremos comunicar a importância e os atributos do pirarucu sustentável. Esse evento permite que as pessoas conheçam o peixe e possam compreender que estão consumindo um produto de sabor único, mas também tendo um consumo consciente. Ao consumí-lo o público está contribuindo tanto para a conservação dos recursos naturais da Amazônia, como também para melhorar a qualidade de vida daquelas pessoas que fazem esse produto acontecer”, destaca Adevaldo Dias, da Asproc (Associação dos Produtores Rurais de Caruari) e presidente do Memorial Chico Mendes.
Crédito: Ricardo Castilho Junior / Cedida pela Assessoria de Imprensa do Evento
O MANEJO NA AMAZÔNIA
O manejo do pirarucu é baseado na vigilância da região, com o objetivo de se evitar a pesca predatória e a derrubada da floresta. A marca coletiva Gosto da Amazônia também defende e pratica o comércio justo, pagando em média aos manejadores cerca de 60% a mais pelo peixe do que os frigoríficos da região, e sendo distribuída para fora de Manaus diretamente através dos produtores, representados pela ASPROC (Associação de Produtores de Carauari). Prática de uso sustentável e gestão participativa do recurso pesqueiro, o manejo comunitário garante a sobrevivência da espécie, soberania alimentar e renda às comunidades envolvidas no processo, configurando-se como um extraordinário caso de conservação da biodiversidade. Graças à atividade, o pirarucu voltou a habitar grande parte das várzeas amazônicas e sua quantidade nas regiões de manejo aumentou em 400% nos últimos dez anos. Com o esforço realizado para a atividade, que envolve as etapas de contagem e a vigilância dos lagos, entre outras, observa-se que os estoques de outras espécies também aumentaram, como tambaqui, jacaré-açu, tartaruga, tracajá e peixe-boi. O Gosto da Amazônia é fruto da cooperação internacional entre o governo do Brasil e dos EUA, executada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) e Serviço Florestal dos EUA (USFS), com recursos da Agência para Desenvolvimento Internacional dos EUA (USAID) e participação da Operação Amazônia Nativa (OPAN), Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), Memorial Chico Mendes (MCM), Associação dos Produtores Rurais de Carauari (ASPROC), Associação dos Comunitários que trabalham com Desenvolvimento Sustentável no Município de Jutaí (ACJ), Instituto Juruá, Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) e Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SINDRIO). Para conhecer as casas participantes e seus pratos, basta clicar AQUI!
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Fonte: Folha PE
Autor: Fabiano Antunes
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