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Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse que se arrependeu de dar uma entrevista no Palácio do Planalto na 2ª feira (24.out) sobre supostas falhas nas inserções de rádio. Para o político, o erro não foi do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas do partido.
“Eu disse que a campanha deveria ter visto isso antes, e quando viu já faltavam poucos dias para acabar o segundo turno. Aí a gente tentou fazer um acordo para acelerar, para pegar uns dois ou três dias de rádio. Aí quando o assunto saiu para outro patamar, eu disse que não era o que a campanha queria, a campanha nunca quis o adiamento das eleições”, disse Faria ao SBT News.
Bolsonaristas aproveitaram o episódio para pedir o adiamento das eleições. A entrevista do ministro das Comunicações foi dada ao lado de Fábio Wajngarten, coordenador da campanha do presidente Jair Bolsonaro. O tema ganhou mais destaque com a demissão de um servidor cedido ao TSE que acabou exonerado, segundo o próprio tribunal, por assédio moral. Em depoimento à Polícia Federal, o funcionário público relatou supostas falhas na fiscalização da propaganda eleitoral em rádios, mas o TSE ressaltou que não é responsável por fazer a distribuição das peças aos veículos de comunicação.
“Quando esse assunto escalou, eu saí. Eu me arrependi porque o assunto escalou. Se fosse o tema só a inserção, tudo bem. Mas como entraram em outro assunto. Ele não escalou só por isso (inserções), escalou pela denúncia do funcionário do TSE e pediram adiamento (das eleições)”, disse o ministro ao jornal O Globo.
