Lanterna da Série B do Campeonato Brasileiro, o Náutico, mesmo sem ter ainda o rebaixamento oficializado, já pensa em 2023, ano em que retornará à Série C. Com a saída da diretoria de futebol, o clube terá que refazer todo o departamento para a temporada seguinte. Uma coisa, porém, não mudará, segundo o presidente alvirrubro, Diógenes Braga.
“Teve uma coisa acertada na temporada: o rigor na questão orçamentária. Isso faz a gente enxergar o ano que vem, mesmo no cenário difícil da Série C, com condições de ter um ano financeiramente estável desde que se planeje bem. Teremos calendário cheio, sem ficar três meses com o estádio fechado”, afirmou o mandatário.
A austeridade financeira, de acordo com o presidente, tem relação também por um ponto que não foi bem aproveitado pelo clube recentemente. “Os insucessos dos dois últimos anos passam muito por ter diminuído o aproveitamento da base. Não somente por ajudarem na composição do elenco, mas por também subirem e decidirem jogos no time titular, como foi em 2018 e 2019. Além disso, gera perspectiva de receita. Temos três categorias fortes. Tivemos uma Copa Carpina do sub-17. Pelo menos cinco atletas nossos chamaram atenção de clubes de Série A para fazer parceria. Vários atletas do sub-20 também vão subir. Entendo que a frustração de receita pode ser parcialmente coberta com o melhor aproveitamento da base, com jogadores sem salários altos e com potencial de projeção”, declarou.
Sem esconder os erros no planejamento de 2022, Diógenes quer usar as falhas atuais para planejar um 2023 diferente. “Quando você tem um insucesso, tem a oportunidade de ver o que errou. Temos a humildade de admitir os erros e buscar correção. Se a gente fosse apenas se defender, estaria perdendo a oportunidade de corrigi-los”, apontou.
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Fonte: Folha PE
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