Na Venezuela, Maduro adquiriu novo significado, governo sentido, indigesto por excesso de maturação, apodrecido. Tornou-se também designativo de lavagem cerebral. Um indivíduo despolitizado jura de pés juntos que a melhor democracia do mundo é a venezuelana, tamanhamente preocupada com a melhoria das condições de vida do povo que até ameaça a segurança do país vizinho sugerindo invadi-lo para pilhar-lhe as reservas petrolíferas.
Mais uma guerra “justa” contribuindo para reduzir a fome pela devastação dos excesso populacionais da terra. Líder político benfeitor da humanidade. O dirigente venezuelano assegura que seu governo é democrático, garante que até marcou data para eleições livres e transparentes e registrou sua candidatura a outro mandato de presidente.
Nega, entretanto, que o requisito para fazer-lhe oposição é seu prévio consentimento. A possibilidade jurídica de rodízio no poder transformou-se em farsa gritante, incapaz de convencer pessoas de boa fé. A candidata a presidência verdadeiramente oposicionista teve seus direitos políticos previamente cassados, e correu o risco de prisão, acusada de trair a pátria, e a substituta dela não conseguiu registrar sua candidatura, proibida pelos computadores estatais que lhe negaram acesso.
Maduro é um democrata autêntico, já ordenou a instauração de um inquérito e convocou “seus” juízes e membros do Ministério Público para processar e julgar o crime eleitoral praticado pelas máquinas. Pela democracia tudo! Condenação às penas máximas sem liberdade provisória ou livramento condicional.
São Luiz Inácio, afaste-se dessa companhia, não arrisque sua boa fama e seu nome em vão. É melhor cada macaco no seu galho, de preferência em árvores diferentes.
José de Siqueira Silva é Coronel da reserva da PMPE
Mestre em Direito pela UFPE e Professor de Direito Penal
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27/03/2024 às 12:13