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Copa Mundial de Futebol no Catar

Divulgação

Já se disse que dinheiro não compra felicidade, mas se não fosse a dinheirama do petróleo o Catar não existiria com a opulência de hoje, continuaria uma simples vila de pescadores, não faria a humanidade feliz, deslumbrada consigo mesma, com a força da inteligência criativa de que Deus lhe deu (frequentemente mal utilizada) capaz de transformar num paraíso de beleza arquitetônica e conforto a costumeira falta de hospitalidade das areias quentes do deserto. Direitos Humanos à parte que todo paraíso terrestre tem seus defeitos.

A copa do mundo está contribuindo sobretudo pela crítica internacional para o aprimoramento das relações trabalhistas, aí inclusa a mão de obra menos favorecida dos estrangeiros, assemelhada a trabalho escravo.

No tocante ao trato das mulheres, estas acorreram aos estádios em liberdade, sem homens para custodia-las, vestidas conforme o permitido em seus países, quebrando a exigência de esconderem as formas do corpo sob roupas folgadas e ocultarem o encanto do rosto muitas vezes lindo.

Assistiram os orientais vizinhos ao Catar encantados (ou encolerizados e contidos), às demonstrações de empoderamento das mulheres quando um trio arbitral feminino conduziu, pela primeira vez em copa do mundo, o jogo entre as seleções masculinas da Alemanha e da Costa Rica, semelhante aos trios masculinos em trajes, eficiência e autoridade.

Com referência ao futebol, essa copa do mundo foi uma caixinha de surpresas, trazendo um criatório de zebras, cada qual mais exibida, escoiceando feras do campeonato e colocando-as fora de combate ou rebaixando-lhes a classificação. O Japão venceu a Alemanha e a Espanha de virada; o Marrocos subjugou a Bélgica; a Tunísia ganhou da França, atual campeã do mundo. Times grandes perderam para pequenos surpreendentemente, grandeza e pequenez medidas na história recente de vitórias ou derrotas em torneios internacionais.

A sorte ajudou nos resultados zebrados, com inúmeras bolas nas traves e pênaltis perdidos.

Torço pelo Brasil, que tem bom time, mas não arisco apostar porque a sorte e o azar andam juntos nesse torneio e ainda podem fazer estragos.

José de Siqueira Silva é Coronel da reserva da PMPE

Mestre em Direito pela UFPE e Professor de Direito Penal

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02/12/2022 às 19:48

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