Uma mulher que foi encontrada morta no estado americano de Massachusetts, em 1978, foi finalmente identificada graças aos avanços na tecnologia de DNA, segundo as autoridades.

Patricia Ann Tucker, de 28 anos na época, foi conhecida por décadas apenas como a “garota de Granby”, nome da pequena cidade onde seu corpo foi encontrado.

Amostras de DNA de um dos seus filho, que tinha 5 anos quando ela desapareceu, ajudaram a identificá-la.

Durante décadas, ela ficou enterrada sob uma lápide marcada como “pessoa desconhecida”.

“Obrigado por nunca desistirem dela”, afirmou Matthew Dale, um dos seus filhos, em comunicado.

“Pelo menos agora tenho algumas respostas, depois de 44 anos. Há muita coisa para processar, mas espero que o fechamento (deste ciclo) comece agora.”

Vítima de assassinato

O corpo de Patricia Tucker foi encontrado enterrado sob folhas em uma trilha florestal na cidade de Granby em 15 de novembro de 1978. Ela foi baleada na têmpora, e sua morte foi considerada homicídio.

A autópsia concluiu que ela estava morta desde junho de 1978 e que tinha entre 19 e 27 anos. Mas sua identidade permaneceu um mistério.

“Foram os avanços na ciência forense, e em particular na genealogia genética forense, que forneceram uma nova fonte de esperança para identificar a vítima”, disse o primeiro assistente do promotor distrital de Northwestern, Steven Gagne, em uma entrevista coletiva de imprensa na segunda-feira (06/03).

Perfil de DNA

Há cerca de dois anos, as autoridades obtiveram o perfil de DNA de Tucker por meio de um laboratório forense e acabaram identificando uma mulher em Maryland que provavelmente era parente dela.

Essa parente disse à polícia que sua tia havia desaparecido na década de 1970 e deu os nomes dos dois filhos dela, contou Gagne.

Matthew Dale confirmou que sua mãe, Patricia Tucker, desapareceu em 1978. A comparação do DNA dos dois resultou em 100% de correspondência para mãe e filho.

“Embora seja satisfatório finalmente saber quem realmente era a ‘garota de Granby’, a investigação não vai parar até que identifiquemos o assassino”, acrescentou Gagne.

Os investigadores descobriram que Tucker estava casada com Gerald Coleman quando morreu, mas ele nunca denunciou o desaparecimento da esposa. Em 1995, Coleman foi condenado por acusações que incluíam estupro e agressão, e morreu na prisão em 1996.

A polícia diz que Coleman é uma “pessoa de interesse” (termo usado nos EUA para designar alguém que a polícia acredita que possa ter relação com algum caso sob investigação) no assassinato da esposa.

“Ainda não temos formalmente nenhuma causa provável para acusar ninguém pelo assassinato da Patricia”, afirmou Gagne.

“Nossa esperança é que a coletiva de imprensa de hoje gere algumas pistas adicionais que ajudem a levar esta investigação adiante e, finalmente, identificar o assassino.”