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Prefeitura do Recife inaugura novo serviço de reabilitação física e intelectual na Mustardinha

O Centro TEA, Núcleo de Reabilitação Integral, funcionará integrado à UPA-E. (Foto: Edson Holanda/Prefeitura do Recife)

O Centro TEA terá capacidade para 1.413 atendimentos por mês, beneficiando especialmente crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista

A Rede Municipal de Saúde do Recife ganha mais um importante equipamento para fortalecer o acolhimento às crianças e adolescentes com necessidade de assistência especializada em reabilitação física e intelectual. Na tarde desta sexta-feira (5), ao lado da secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque, o prefeito João Campos entregou mais um Centro TEA – Núcleo de Reabilitação Integral para os usuários do SUS, na capital pernambucana.

“Estamos, aqui, na UPAE Cyro de Andrade Lima, na Mustardinha, e estamos inaugurando um Centro TEA, que é um Núcleo de Reabilitação Integral, feito nesse complexo, no mesmo terreno da UPAE, que já atende milhares de pessoas por mês, em diversas especialidades. O novo Centro é, especificamente, para crianças com transtorno do espectro autista, com necessidades especiais, ou com algum tipo de deficiência. Aqui, teremos terapia ocupacional, fonoaudiólogos e psicólogos para fazer esse acolhimento e atendimento específico. Este é o quarto equipamento deste tipo que abrimos na cidade e mais de mil crianças serão atendidas nesse serviço todos os meses. Mas não vamos parar por aqui. Esse é o início de uma caminhada que a gente precisa consolidar cada vez mais”, afirmou o prefeito João Campos. 

Integrado à Unidade Pública de Atenção Especializada Dr. Cyro de Andrade Lima (UPA-E), localizada no bairro da Mustardinha, o serviço beneficiará crianças de zero a 14 anos com transtornos como espectro autista (TEA), déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), opositor desafiador (TOD) e outros. A unidade contará com profissionais de diversas áreas, como Neuropedriatria, Psiquiatria Infantil, Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia, Serviço Social, Psicopedagogia, Nutrição e Enfermagem. 

Lucineide Azevedo, mãe de David Hugo, de 9 anos, compareceu pela primeira vez no Centro procurando terapias para o filho autista. “Hoje eu vim com o meu filho, mesmo chovendo, mas a gente chegou aqui e fomos muito bem recebidos. Eu nunca tinha conseguido marcar fonoaudiólogo pro meu filho e hoje conseguimos. Aqui, ele vai fazer fono, vai fazer terapia ocupacional, tudo o que ele precisa. Então, eu estou muito feliz e agradeço muito. Está tudo muito bem organizado, os meninos gostaram da área de brinquedos e na recepção eu fui bem atendida e recebida”, disse Lucineide.

Ao todo, o serviço vai ofertar, mensalmente, 1.413 atendimentos, incluindo a avaliação global com equipe multiprofissional. Em seu espaço físico, são dez salas para atendimento aos usuários, ginásio de fisioterapia e sala de integração sensorial, além da brinquedoteca e o jardim sensorial, estimulando os sentidos, organização e regulação das respostas por parte dos pacientes. Além disso, o Centro TEA vai oferecer exames de Eletroencefalograma (EEG), que analisa a atividade elétrica cerebral espontânea, captada através da utilização de eletrodos colocados sobre o couro cabeludo. Para ter acesso aos serviços, os pacientes precisam ser encaminhados pelas unidades da atenção básica, que são os postos de saúde da família de referência do território, via Central de Regulação do Recife. 

“Esse é mais um passo no sentido de garantir tratamento de qualidade para crianças que precisam de acompanhamento especializado no Recife, um desafio para o SUS de todo o País, devido à grande demanda. Desde o mês de abril, já temos um equipamento similar funcionando na UPA-E do Ibura e estamos trabalhando para entregar ainda os novos serviços na UPAE do Arruda, na policlínica Albert Sabin, no Centro de Reabilitação Antônio Nogueira e no Centro Especializado em Reabilitação (Cer). Esse projeto está ampliando em até 15 vezes a oferta de tratamento em reabilitação motora e intelectual, em relação ao início deste ano na rede de saúde do Recife”, explica a secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque.

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