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MDB quer comissão para tratar de federação. Decisão sobre PE é nacional 

Dos 27 estados, 20 querem a federação com o União Brasil. Essa é a conta que o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, tem feito em conversas sobre o assunto.

Entre os sete estados onde há problemas, figura Pernambuco. A expectativa é de que uma comissão, com cinco representantes, seja criada para tratar do assunto. A mesma medida seria adotada pelo União Brasil. Conflitos regionais, então, seriam dirimidos por essas comissões, cuja projeção era de que fossem criadas até a semana que vem.

O MDB quer a federação, o União Brasil também, mas celeumas nos Estados seguem latentes. A instância decisória para esse caso é a nacional. E a posição de Luciano Bivar, presidente nacional do União Brasil, deve ser decisiva. Baleia Rossi não vai resolver só.

No Estado governado por Paulo Câmara, o MDB, presidido pelo deputado federal Raul Henry, integra a Frente Popular, enquanto o União Brasil tem o prefeito Miguel Coelho no páreo da disputa pelo Governo do Estado pela Oposição.

Equacionar a situação, necessariamente, exige que alguma das legendas faça uma concessão. Em outras palavras, não há como conciliar a federação, considerando o União Brasil na Oposição e o MDB na base de Paulo Câmara. Alguém tem que ceder.

Essa semana, Luciano Bivar recebeu Paulo Câmara em Brasília e o gestor estava acompanhado do deputado federal Raul Henry, que participou da conversa. No dia seguinte, na última quarta-feira, o dirigente nacional do União Brasil, em entrevista à Rádio Jornal Petrolina, confirmou que a candidtatura de Miguel está de pé.

“Em Pernambuco, nós teremos uma candidatura própria com certeza. Miguel faz parte do União Brasil, é o pré-candidato e estamos trabalhando no Brasil inteiro. Aí, recebi a visita também do governador Paulo Câmara, que é nosso amigo, é governador do Estado, que foi visita muito cordial”, declarou Bivar.

No PSB, há quem aposte na hipótese de atrair o União Brasil para a Frente Popular. Quem acompanha as movimentações diz que é um “fio de navalha” para a decisão pender para um lado ou para o outro e que a posição de Bivar é determinante nisso. 



PT recorre ao GTE


Após apresentar a Paulo Câmara a reivindicação da vaga do Senado, o PT tem como próximo passo marcar a reunião do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) para elencar critérios no sentido de definir internamente um nome. Por enquanto, há quatro alternativas consideradas na sigla: Carlos Veras, Marília Arraes, Odacy Amorim e Teresa Leitão. Aos petistas, Paulo Câmara deu prazo de março para bater o martelo. 

Dois gumes > Há quem observe que Marília Arraes tem nome ventilado, mas que, internamente, não se colocou como candidata, também não se retirou do páreo. No PSB, é tratada como alternativa “não palatável”, mas, eleitoralmente, tem apelo reconhecido.

Não sei se vou… > Nas hostes petistas, ainda se insiste que “o ideal” seria Geraldo Alckmin se filiar ao PSD. E há uma avaliação de que Gilberto Kassab só vai ter “tratamento melhor” se apoiar Lula no 1º turno. Isso pode ou não interferir em Pernambuco.

…ou se fico > No PT, se faz uma conta de que o PSD anda com apetite elevado ao pretender fazer o senador Otto Alencar candidato ao Governo da Bahia e ainda mirar o Senado em Pernambuco. André de Paula, dizem, não quer ser vice “de jeito nenhum”.

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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo

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