Ação vai ocorrer nesta quarta-feira (25), na Policlínica Lessa de Andrade, na Madalena, em parceria com o Grupo O Boticário. Roda de diálogo sobre empregabilidade e cuidados com a saúde da população trans também acontecerá no local. (Foto: Ikamahã/Sesau)
De acordo com relatório do Ambulatório LGBT Patrícia Gomes, localizado na Policlínica Lessa de Andrade, no bairro da Madalena, dos 195 usuários cadastrados de janeiro a dezembro do ano passado, 97 estão sem trabalhar. Além disso, um outro número que se destaca são as 51 pessoas que declararam estar trabalhando de forma informal. Números altos que estimularam o espaço a promover, junto com o Grupo O Boticário, o cadastro de usuários trans no programa de captação de talentos da empresa. A ação, voltada para aqueles atendidos no local, ocorre nesta quarta-feira (25), às 13h, no auditório da Policlínica.
O encontro reforça a articulação realizada pelo ambulatório com a sociedade civil e organizações. Além do cadastramento, o Ambulatório LGBT Patrícia Gomes vai promover uma roda de diálogo voltada para as pessoas trans atendidas pelo serviço sobre emprego e renda como fatores produtores de saúde. O momento também vai reforçar a importância do Dia da Visibilidade Trans, comemorado neste domingo (29). As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas através do link: https://bit.ly/3H0tqIL.
“O objetivo desse encontro é promover o diálogo sobre a importância do emprego e renda no cuidado em saúde das pessoas trans. Como nosso relatório apresenta que cerca de 50% dos usuários cadastrados no ano passado estão desempregados, estamos buscando promover ações como essa para falar sobre empregabilidade. Além disso, vamos contar com a apresentação do programa de captação de trabalhadoras e trabalhadores trans do Grupo O Boticário, que também estarão disponíveis para fazer o cadastro de pessoas trans no programa”, esclarece Ricardo Omena, coordenador do Ambulatório LGBT Patrícia Gomes.
Desde 2017, o Ambulatório oferece atendimento com clínico geral, hormonioterapia, psicoterapia, exames clínicos e Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) de risco à infecção pelo HIV para a população LGBTQIA . O local conta com um atendimento multidisciplinar formado por médicos, psicólogo, enfermeira e assistente social, que atuam numa média de 100 atendimentos por semana. Ao todo, são mais de 1,2 mil pessoas LGBTQIA que, ao longo dos últimos cinco anos, passaram pelo espaço. O local funciona de segunda a quinta, das 8h às 17h, e sexta, das 8h às 16h, por demanda espontânea, sem a necessidade de marcação.
O nome do Ambulatório é em homenagem à transativista Patrícia Gomes que foi uma das sócias-fundadoras da Articulação e Movimento para as Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans-PE). Além disso, Patrícia também atuou na promoção dos direitos e cidadania das mulheres trans.
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