O príncipe Harry disse que “gostaria de ter meu pai de volta, gostaria de ter meu irmão de volta” em uma entrevista realizada antes do lançamento de sua autobiografia Spare (Suplente, em tradução livre).
Harry também diz que “eles não demonstraram absolutamente nenhuma vontade de se reconciliar”, mas sem deixar claro quem são as pessoas a que se refere.
O príncipe fez os comentários durante uma conversa com Tom Bradby, do canal britânico ITV, e também deu uma entrevista à emissora americana CBS.
O Palácio de Buckingham se recusou a comentar as declarações.
Ambas as entrevistas serão transmitidas no dia 8 de janeiro, dois dias antes do lançamento da autobiografia.
Na conversa com o jornalista da CBS News Anderson Cooper, que a emissora descreve como “explosiva”, o príncipe Harry afirma que foi “traído” por “vazamentos e histórias plantadas contra mim e minha esposa”.
“O lema da família é ‘nunca reclame, nunca explique’, mas isso é apenas um lema”, disse Harry.
“Eles [a família real] conversam com um jornalista, que recebe as informações de bandeja e escreve uma reportagem. No final, é dito que entraram em contato com o Palácio de Buckingham para obter um comentário [oficial]. Mas, na verdade, a história toda é feita em cima de comentários vindos do Palácio de Buckingham.”
“Então, quando nos últimos seis anos nos dizem ‘não podemos fazer uma declaração para proteger você’, mas isso é feito para outros membros da família [real], chega um ponto em que o silêncio é uma traição.”
Abaixo, um trecho da entrevista à CBS.
A ITV disse que a entrevista abordará os relacionamentos pessoais do príncipe Harry e “detalhes nunca antes ouvidos” sobre a morte da mãe Diana, a princesa de Gales.
Filmada na Califórnia, onde Harry e Meghan vivem, a ITV adiantou um trecho em que o príncipe afirma: “Eu quero uma família, não uma instituição”.
“Eles acham que é melhor nos manter, de alguma forma, como os vilões”, acrescenta.
A autobiografia do príncipe Harry, Spare, deve dar detalhes sobre os desentendimentos com seu irmão, o príncipe William.
A editora Penguin Random House classifica a obra de “marcante, cheia de insights, revelações, autoanálise e uma sabedoria duramente conquistada a respeito do poder eterno do amor sobre a dor”.
A autobiografia é lançada na sequência do documentário da Netflix Harry e Meghan, no qual o príncipe Harry disse que era “aterrorizante” ter seu irmão “gritando e berrando” com ele durante um encontro para discutir o futuro do casal na família real.
O Palácio de Buckingham se recusou a comentar as alegações feitas no programa.
O casal também abordou na série por que decidiu desistir dos deveres reais e se mudar para os Estados Unidos, criticando a imprensa britânica e o funcionamento interno da instituição da família real.
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