O Brasil, e outros países como os Estados Unidos, estão enfrentando a chamada “tripledemia”: a epidemia de três vírus respiratórios ao mesmo tempo. A circulação concomitante do Sars-CoV-2 (Covid-19), Influenza (gripe) e VSR (vírus sincicial respiratório) pode sobrecarregar hospitais.
De acordo com os dados epidemiológicos mais recentes da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), os países mais afetados na região são os Estados Unidos, no hemisfério norte, e Argentina, Chile, Uruguai e Brasil, no hemisfério sul.
Com o avanço da vacinação contra a Covid-19 que possibilitou a redução das medidas de isolamento social, antigos vírus voltaram a circular em várias partes do mundo, como o influenza e o VSR. Como ficamos isolados, sem contato com esses vírus por causa da pandemia, perdemos a imunidade contra esses patógenos, o que nos deixa mais expostos a novas infecções agora.
Com a nova onda de coronavírus provocada pela subvariante da Ômicron, a BQ.1, há uma tripla epidemia ocorrendo em vários países.
Os três vírus causam sintomas parecidos no paciente, como febre baixa, coriza, dor de cabeça, dor nos olhos, obstrução nasal, espirros e dor de garganta.
Segundo a infectologista Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, disse em entrevista ao Uol que a tripledemia que ocorre no Brasil não tem a mesma intensidade da que está acontencendo em outros países, como nos Estados Unidos. A especialista explica que essa tripla circulação de vírus respiratórios no Brasil provavelmente se deu devido ao prolongamento do frio em várias regiões.
Os Estados Unidos estão enfrentando uma superlotação das unidades de emergência devido à circulação dos três vírus. As principais vítimas são as crianças, que podem sofrer com os três tipos de vírus — o VSR é mais comum nos pequenos do que nos adultos. Segundo a Forbes, há um aumento acentuado de internações pediátricas em todo o país.
A prevenção contra os vírus respiratórios é a mesma da amplamente divulgada durante o auge da pandemia de Covid-19: lavar bem as mãos, evitar contato próximo e se isolar no caso de sintomas. O uso de máscaras também é recomendado, principalmente para quem apresentar sintomas ou seja de grupo de risco.
Além disso, é importante se vacinar contra a Covid, com todas as doses, inclusive a de reforço, e contra a Influenza. Não há vacina contra o VRS.
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Fonte: Folha PE