Localizado no bairro do Derby, região central do Recife, no Memorial da Medicina, o Museu da Medicina de Pernambuco vem sofrendo com problemas estruturais nos últimos anos. Nesta sexta-feira, às 9h30, na Praça Otávio de Freitas, a Academia Pernambucana de Medicina lançará uma campanha com o objetivo de angariar fundos para requalificar o espaço, gerido pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Além disso, uma placa será inaugurada como homenagem aos médicos que morreram no combate à Covid-19.
O presidente da Academia Pernambucana de Medicina, Hildo Azevedo, afirmou que recursos estão sendo captados junto a outros médicos do Estado, no intuito de requalificar o museu e outras instituições que habitam o Memorial da Medicina. Neste primeiro momento, a intenção é arrecadar R$ 200 mil para dar o pontapé inicial nas obras.
“É um valor baixo, levando em conta as cifras astronômicas que estão sendo gastas no governo atual. Mas essa luta é por uma boa causa. Vamos pouco a pouco fazendo as obras que precisam ser feitas”, começou.
Ainda de acordo com ele, recuperar o espaço é uma forma de homenagear os médicos responsáveis por erguer o local no século passado. “É o compromisso da classe médica com a população, com o passado, com a boa medicina, com a história, ética e cultura. É um prédio que foi construído por médicos, com dinheiro de médicos, e que depois foi doado para a Universidade Federal de Pernambuco. Nos sentimos “donos”, sucessores dos precursores da medicina do início do século XX”, contou.
Desde o surgimento, o Museu da Medicina reúne relíquias que marcaram a evolução da medicina em Pernambuco. Ademais, a instituição sempre serviu de prática para os alunos que desejam consultar e se aprofundar na história da medicina local. Até por isso, Hildo cobra uma atenção maior ao museu, para que continue sendo fonte de aprendizado para as gerações atuais e futuras.
“Temos alertado as pessoas e as instâncias adequadas. Mas, enquanto isso não chega, vamos com nossos meios tentar fazer algo para reduzir os problemas, sobretudo do museu, que é onde guardamos boa parte da nossa história”, reforçou.
Procurada pela Folha de Pernambuco para se pronuciar sobre o assunto, a UFPE não havia se pronunciado até a publicação deste texto.
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