Foi bom, mas poderia ter sido melhor. Ou, menos sofrido. Após a vitória por 2×1, contra o Guarani, na Ilha do Retiro, pela Série B do Campeonato Brasileiro, o técnico Claudinei Oliveira, que fez sua estreia pelo Leão, comemorou o resultado. Porém, o treinador deu um “puxão de orelha” no comportamento da equipe após fazer 2×0 – nos acréscimos, os paulistas diminuíram e ameaçaram sair do Recife com um empate.
“Foi muita alegria reestrear aqui. Vi a torcida gritando o “Cazá, Cazá” antes do jogo e não tem como não arrepiar. Colocamos algumas situações de ataque-espaço e eles entenderam. Começamos bem, mas depois do 1×0, perdemos um pouco da pressão. Quando a gente corrigiu e parou de ser driblado, o time melhorou e teve chances de fazer o gol”, afirmou o técnico.
“No segundo tempo, depois do 2×0, tivemos chances de fazer 3×0, 4×0, mas eles ficavam mantendo a posse. Isso não era 40 minutos, eram 10. A gente chegava no último terço, podia chutar, mas voltava a bola ao zagueiro. Isso não foi uma coisa pedida por mim. Tomamos um gol e o jogo ficou dramático, com três, quatro minutos de emoção que não aconteceriam se a gente fizesse 3×0. É hora de comemorar a vitória, mas temos muito a corrigir ainda”, completou.
O treinador também comentou sobre a chegada do atacante Vagner Love. Apresentado horas antes do jogo, o atleta ainda não tem data para estrear pelo Sport. Para Claudinei, o momento é de cautela.
“A carreira dele fala por si só. Inquestionável. Nos preocupamos em ver como ele estava fisicamente. Ele falou que o olho ainda brilhava, tinha vontade de jogar. Um cara como ele não podemos abrir mão. Tem de contratar. Acho que ele vai ajudar. Até pelo espírito no vestiário, brincando com o pessoal, você ver que ele quer ajudar. Não teremos o Vagner Love de dez anos atrás, mas se tiver 70%, ele vai ajudar muito por ser um cara diferenciado”, apontou.
“Tiramos informações de atletas que trabalharam com Vagner, além de Anselmo, nosso preparador físico que trabalhou com ele no Corinthians. Ele sabe o tamanho do clube, que pode virar ídolo aqui. Pensamos em utilizá-lo como 9, mas ainda não sabemos se será mais próximo da área ou não. Vamos criar um mecanismo para favorecer. Vamos usá-lo também de acordo com a fisiologia. Não dá para ele jogar os 90 agora, porque ele pode lesionar, com a gente ficando sem ele por um tempo. Mas ele chegou bem, Percentual de gordura baixo, nível de força excelente, faltando somente um pouco de condição cardiovascular, mas é normal pelo tempo que ele não vinha jogando”, frisou.
Blás Cáceres
Antes do jogo, o Sport informou que o volante Blás Cáceres não foi relacionado por “decisão da diretoria frente à uma suspensão administrativa”. Na coletiva, o dirigente do Sport, Jorge Andrade, afirmou apenas que, depois da punição, o atleta ficará à disposição do técnico Claudinei Oliveira para a sequência da Série B.
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Fonte: Folha PE