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Fé, devoção e forró na 14ª Procissão dos Santos Juninos

No último dia de festejos juninos na capital pernambucana, cortejo partiu do Morro da Conceição, em Casa Amarela, com destino ao Sítio Trindade, reunindo 18 bandeiras e muita alegria. (Foto: Inaldo Menezes/PCR)

Ontem (15), no último dia da programação junina realizada pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, desde o último dia 1º de julho, o Morro da Conceição celebrou a tradicional Procissão dos Santos Juninos. Ao todo, 18 bandeiras e grupos culturais desfilaram com os padroeiros do período: São José, Santo Antônio, São João e São Pedro. Para embalar fiéis e brincantes, cinco bandinhas e um trio de forró acompanharam o cortejo.

A liturgia começou às 17h, dentro do Santuário de Nossa Senhora da Conceição, com a sagração das bandeiras e uma homenagem ao carnavalesco e defensor incansável da cultura popular Marcelo Varella, que faleceu este ano. Depois as bandeiras de São João abraçaram a imagem da santa e desceram o morro, numa colorida e alegre caminhada, para encontrar com a festa do Sítio. 

Muitas vozes entoavam as músicas durante e após a benção no Santuário. No animado coro junino, destacava-se Verônica da Conceição, 61 anos. “Conceição já está no nome, né? Não podia perder essa beleza de programação. Balancê é comigo mesma! Fui para o Sítio Trindade três vezes neste São João. Festa boa, não perco por nada!”, disse Verônica, para quem a mudança no calendário junino do Recife acabou sendo uma grata surpresa. “Pensei que nem fosse ter mais. Foi bom demais ter a mudança para acontecer. Já estou com saudade da festa. E ansiosa pelo próximo ano! Espero em Deus que eu esteja viva para aproveitar tudo de novo.”

Com muito futuro junino pela frente, Maria Alice, de apenas três anos e meio, em seu vestido vibrantemente colorido, não parava quieta. Curtia seu primeiro São João e, com a ajuda do pai, Vítor Alves, 31 anos, não conseguia dizer não para nenhuma proposta neste encerramento. “Vai dançar muito forró?”, perguntava ele para a pequena, que euforicamente gritava: “Sim!”. 

Pernambucana em terras paulistas, Fabíola Moura, 34 anos, veio da capital São Paulo matar a saudade do lugar onde nasceu. “Sou apaixonada por nossa cultura. Eu estava ansiosa para reencontrar a festa. Inclusive, antecipei a minha vinda para aproveitar o São João. Como boa pernambucana, não posso perder essas festas tradicionais”, declarou-se. 

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