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Amputados após acidente de moto, casal faz campanha para comprar próteses para as pernas

Tanto Márcio quanto Rosângela tiveram que amputar a perna esquerda após o acidente — Foto: Arquivo/ Márcio Luiz Brito




Era uma quinta-feira, 2 de dezembro de 2021, quando Márcio Luiz Brito e Rosângela Lidiane dos Santos, ambos de 31 anos, saíram da comunidade do Serrote do Urubu, na Zona Rural de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, com destino a área central da cidade. Eles foram sacar o pagamento do mês e comprar alguns mantimentos. Tudo corria bem, até quando, no trajeto de volta para casa, um carro invadiu a contramão e atingiu a motocicleta do casal, deixando os dois gravemente feridos.

O pedreiro fraturou a perna na altura do fêmur e a esposa dele, a professora Rosângela, fraturou o joelho, o fêmur, a bacia e teve a uretra perfurada. Para salvar a vida dos dois, os médicos optaram pela amputação da perna esquerda de Márcio e Rosângela.

“Quando a gente caiu da moto, um conhecido vinha em um carro atrás e presenciou todo o acidente. Eles chamaram o Samu, que nos levou para o Hospital Universitário em Petrolina. Chegamos lá umas 18h30 e 1h fizeram a amputação da minha perna esquerda e da perna esquerda da minha mulher”, relembrou Márcio.

“Ficamos tristes por perder um membro, mas felizes por estarmos vivos”

A professora Rosângela teve uma surpreendente reação ao saber da amputação da perna no dia seguinte ao acidente. “Eu acordei no outro dia e a psicóloga chegou até a mim e disse que eu tinha perdido a perna esquerda. Ela me disse que os médicos optaram por salvar a minha vida. Eu aceitei e agradeci a Deus a oportunidade de ficar. É como se Deus tivesse me preparado para esse momento ruim”.

A amputação da perna esquerda tanto para Rosângela quanto para Márcio trouxe diversas limitações. “Pra mim foi triste, quem tem o cotidiano ativo como eu tinha como pedreiro, perder um membro, você fica sem chão. Minha casa estava em construção, eu fico triste olhando os materiais de construção, não posso levantar nada e só consigo me locomover com uso de muletas”, disse Márcio.

Aos poucos, o casal que vive há sete anos juntos e tem uma filha também de sete, tenta se adaptar a deficiência física e seguir com a vida. “Estamos voltando a rotina, comecei a cozinhar, quando não aguento ficar na muleta, sento na cadeira de rodas. Essa semana minha filha voltou a morar com a gente. Na hora de pegar uma água, eu seguro de um lado e a minha mulher do outro. A gente está fazendo as coisas de pouquinho, tudo é um processo”, destacou o pedreiro.

Para tentar trazer maior qualidade de vida ao casal, a família lançou uma campanha. O objetivo é arrecadar fundos para a compra de duas próteses ortopédicas. Cada uma está avaliada em R$ 30 mil .

“Por mais que não seja a perna que Deus nos deu, vai nos ajudar a ter mais liberdade. Com a prótese vamos recomeçar” , disse Rosângela.

Quem quiser ajudar na compra das próteses ortopédicas pode enviar qualquer valor via pix pelo e-mail marciobrito268@gmail.com.

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