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Vivo Keyd pagou para estar no CBLoL? Entenda o caso

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A Vivo Keyd Stars (VKS) anunciou seu retorno ao cenário do CBLoL 2023 e não foi barato. Custando R$ 8,5 milhões, a Netshoes Miners “deu a vaga de presente” para a Keyd, que posteriormente se fundiu com a Stars Horizon, criando a VKS.

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Por que a Vivo Keyd estava fora da competição?


Em 2020, foram anunciadas pela organização do CBLoL as 10 equipes convidadas para a competição da época. A surpresa, tanto para os fãs quanto para a equipe, foi que o sistema não convocou a Vivo Keyd, em conjunto com outras equipes conhecidas do cenário para o circuito daquele ano.

Na época, a equipe ainda fez um comunicado oficial sobre o assunto

“Hoje foi divulgado a lista das organizações convidadas para o CBLOL em 2020 e a Vivo Keyd não ficou entre os 10 nomes. Foram 8 anos de League of Legends. São muitas histórias, momentos que nos marcaram e acima de tudo, um grande aprendizado”.

Aos nossos guerreiros que sempre estiveram com a gente: Seguimos firmes em outros campos de batalha, trabalhando e fomentando o cenário de eSports no Brasil.
— Vivo Keyd Stars (@VivoKeyd) October 2, 2020

O “presente” da Netshoes Miners


A Miners saiu do cenário competitivo neste ano de 2022 devido a um conflito de interesses e à situação financeira, que se tornou insustentável por conta da saída do patrocínio da Netshoes.

Foi o seguinte: um mesmo patrocinador tinha dois times na competição, tudo porque a Magalu comprou a KaBum, que dá nome ao seu time de LoL, e também édona da Netshoes, patrocinadora do Miners. A organização entendeu essa situação como uma relação financeira entre os dois times, o que é proibido pelo regulamento.

Por causa dessa proibição, o CBLoL exigiu a saída da Netshoes do patrocínio, o que deixou a Miners desamparada monetariamente. Sem saída, a solução foi vender sua vaga para a Stars Horizon, cuja compra foi assinada em agosto e aprovada em setembro pela Riot Games, desenvolvedora do League of Legends.

“A Netshoes Miners informa que fez a cessão da vaga do CBLOL à Keyd Stars. A operação integra o planejamento estratégico da empresa para os próximos anos, e as condições do acordo são objeto de cláusula de sigilo entre as partes”, disse a empresa, por meio da assessoria de imprensa, na época.

Em novembro, a Stars anunciou a sua fusão com a Vivo Keyd, o que, segundo informações obtidas pelo GE, foi feita e pensada muito depois da compra da vaga.

Uma vaga de milhões


Com o prêmio total avaliado em R$ 400 mil para o CBLoL de 2023, a VKS terá que correr atrás do prejuízo feito pela Horizon. Apesar de haver garantido a reentrada no cenário, o valor da compra que a equipe assumiu chega, segundo fontes consultadas pelo GE, aos R$ 8,5 milhões, com parcelas que irão até 2024.

Com a correção da inflação estimada para daqui a dois anos, o valor pode alcançar R$ 9,5 milhões. A Keyd Stars afirmou que não pode confirmar os valores devido aos termos de não divulgação que constam no contrato de compra.

Segundo a diretoria da Keyd Star, o preço não é um problema e que a equipe “precisa estar inserida na modalidade devido a toda sua história no cenário”.

“Desde o início, ano após ano, a VKS foi se consolidando no cenário de esports devido a sua grandeza e força que construiu dentro do League of Legends. No momento em que ficamos fora da competição, percebemos a falta que fazíamos no ecossistema como um todo, com as rivalidades saudáveis que havíamos construído e, principalmente, com nossos fãs, que sempre amaram acompanhar a Vivo Keyd Stars no CBLOL. Agora estamos de volta, retomando o nosso antigo legado e buscando construir um novo, com a certeza de que faremos um grande trabalho, assim como já fizemos nos anos anteriores”, afirmou Edu Kim, vice-presidente da organização.

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Fonte: Folha PE

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