Maria Risalva da Silva, de 61 anos, morou com o marido por mais de 30 em São Paulo. Ele não a deixava manter contato com a família em Pernambuco.
Risalva, de 61 anos, reencontrou a família após mais de quatro décadas — Foto: TV Asa Branca/Reprodução
Maria Risalva da Silva, de 61 anos, é natural de Pedra Branca, na zona rural de Cumaru, Agreste de Pernambuco. As dificuldades que ela passou na vida não foram poucas e fizeram dela mais forte e mais guerreira. Mas, o que foi tão difícil nos caminhos dessa mulher? Tudo começou aos 19 anos, quando Risalva encontrou aquele que seria o marido e pai de 3 filhos dela.
Com o tempo, o homem que deveria ser dos sonhos, mostrou o lado sombrio. “Eu recebi uma carta de ameaça dele [ele já estava em São Paulo], dizendo se eu não fosse, ele iria matar minha família. E ele matava mesmo. Eu descobri anos depois, na verdade, que ele era matador de aluguel”, disse.
Em São Paulo, em meio a um relacionamento abusivo e cheio de ameaças, o ex-marido a isolou da família o máximo que pôde. Uma rotina não de amor, mas de medo. “A família me mandava as cartas e ele rasgava, eu escrevia e ele não colocava nos Correios. Ele me disse tudo depois. Eu não podia ter nada, eu trabalhava e o dinheiro era na mão dele”, lembrou.
Maria Risalva foi vítima de um relacionamento abusivo por mais de 30 anos — Foto: TV Asa Branca/Reprodução
Foram mais de três décadas de casamento vivendo essa tortura diária. E se foram também, ao todo, 42 anos sem qualquer contato com a família em Pernambuco. Para os pais e irmãos, a jovem que havia deixado Cumaru quatro décadas atrás estava morta. “Sempre pedia a Deus para um dia isso acabar. Eu pensava na minha família o tempo todo”, ressaltou.
Há 16 anos, o exmarido de Risalva morreu por causa acidente vascular cerebral (AVC). Agora, livre, acendeu a esperança de reencontrar a família em Pernambuco. Mas, como? Será que os pais e irmãos ainda estavam lá? Para isso, em Taquaritinga, no interior de São Paulo, a neta, Camila, entrou em campo para ajudar nessa procura pelas redes sociais, mas demorou.
Os caminhos puderam ser revertidos para achar uma solução. Graças à teimosia da neta e do avanço das redes sociais, a distância geográfica de São Paulo a Pernambuco, e também a distância do tempo, sumiram e deram lugar a um abraço: Risalva reencontrou a família.
Veja a reportagem completa:
Me conte sua história: Mulher reencontra família após 30 anos afastada
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