Objetivo é garantir a comercialização de alimentos que não apresentem risco de danos à saúde da população. (Foto: Divulgação/PCR)
Uma coisa é certa: depois do Carnaval, o calendário festivo anual se volta para a Semana Santa. E, durante esse período, a procura por pescados aumenta nos mercados da cidade, levando consumidores e comerciantes a ficarem atentos às características de conservação, ambiente, armazenamento e manipulação dos peixes. Por isso, a Vigilância Sanitária do Recife (Visa) realiza anualmente a Operação Pescado, com a finalidade de garantir a comercialização de alimentos que não apresentem risco de causar danos à saúde da população.
“Durante a operação, nós visitamos estabelecimentos como mercados públicos e supermercados para orientar e identificar se a venda está seguindo as regulamentações da Visa. Entre as orientações passadas, verificamos se o peixe exposto está em boas condições, coberto com gelo ou em balcões refrigerados em temperatura de 2º a 3º C, ou se a área reservada para venda está protegida do sol e da chuva, por exemplo”, explica a gerente da Visa Recife, Daniele Feitosa.
Além disso, os profissionais da Vigilância Sanitária observam se o peixe fresco apresenta as características de pele brilhante, úmida e tonalidade viva; as escamas unidas, translúcidas e com brilho; os olhos salientes, transparentes e brilhantes; o odor suave ou ausente e a carne firme, elástica e aderente aos ossos.
Já o peixe inteiro, deve estar exposto, preferencialmente embalado, em boas condições, coberto com gelo ou em balcões refrigerados em temperatura de 2º a 3º C. A mesma orientação é válida para marisco, sururu, mexilhão, ostra, lagosta, camarão, lula, polvo e peixe em posta – que deve estar em boas condições, embalado em fita filme ou sacos apropriados, e cobertos com gelo ou em balcões refrigerados na temperatura de referência. A Visa reforça que o gelo utilizado para o acondicionamento do pescado deve apresentar o selo de inspeção sanitária.
Já o pescado congelado e o enlatado ganham orientações diferentes. “O primeiro, deve ser exposto em temperatura entre -15ºC e -18ºC ou de acordo com a temperatura recomendada pelo fabricante; e os enlatados devem ser armazenados em local limpo, seco, protegidos de poeira e insetos, com os rótulos ou embalagens íntegros contendo identificação da origem, prazo de validade e instruções de uso. Além disso, as latas não podem estar amassadas ou com sinais de ferrugens”, explica Feitosa.
“Em relação ao ambiente em que o peixe está sendo comercializado, também é preciso observar se está sendo higienizado com frequência. Além disso, o lugar não pode utilizar papelões nos pisos e deve descartar todo o lixo, inclusive as escamas, em lixeiros com tampa e acionamento não manual”, complementa a gerente.
Sobre o comerciante que está manipulando o peixe durante a venda, a Visa recomenda que as mãos estejam sempre limpas, utilizando utensílios e equipamentos higienizados e em bom estado de conservação, não sendo permitido nenhum utensílio de madeira. O uniforme deve ser de cor clara e estar limpo, utilizando também sapatos fechados antiderrapantes ou botas de borracha. É importante reforçar que não é permitido o uso de brincos, pulseiras, anéis, correntes e outros adornos, e os cabelos devem estar protegidos com toucas ou bonés.
“É proibido, nos açougues, peixarias e similares, o uso de tábuas, cepos, mesas e balcões de madeira, bem como o uso de machadinhas e descamadores nesse mesmo material, com exceção dos utensílios de aço inox, material plástico ou similar”, complementa.
ARMAZENANDO EM CASA – A Vigilância também traz orientações para depois que o peixe chega em casa. O armazenamento do produto deve ser feito após a limpeza do pescado, sem vísceras, para evitar que estrague. Além disso, se o pescado estiver congelado, o ideal é descongelar na geladeira e, em seguida, prepará-lo imediatamente.