Com um domínio praticamente absoluto nas pistas da Fórmula 1 na última temporada, o bicampeão mundial holandês Max Verstappen (Red Bull), vai colocar a coroa em jogo neste fim de semana no Bahrein, palco do primeiro Grande Prêmio de 2023.
Esta primeira corrida servirá para esclarecer algumas das dúvidas sobre a nova temporada. Haverá indícios de um campeonato mais acirrado no topo da tabela? Mercedes e Ferrari serão capazes de olhar para a Red Bull cara a cara depois de seu domínio total no ano passado? Lewis Hamilton está apto para lutar por seu oitavo título e bater o recorde?
O monegasco Charles Leclerc (Ferrari), vice-campeão mundial na última temporada e um dos candidatos ao título, confessa que o RB19, o novo carro da Red Bull, “parece muito bom”.
Não em vão, os indícios deixados nos testes de pré-temporada, também realizados no Bahrein na semana passada, recolocaram a Red Bull na dianteira do grid, um bom presságio para a atual campeã de construtores.
– Verstappen tenta vitória inédita –
Na última temporada, Red Bull, Verstappen e seu companheiro de equipe mexicano Sergio Pérez triunfaram em quase todas as pistas nos 22 Grandes Prêmios.
Normalmente superados nos classificatórios de sábado pela Ferrari, que voltou a um bom nível em 2022, aos domingos na corrida a equipe austríaca mostrava toda a potência de seus carros, vencendo 17 das 22 corridas em 2022, sendo que 15 delas foram para Verstappen, um recorde.
Nas horas que antecedem esta primeira corrida das 23 do Mundial, os rivais de Verstappen, piloto que está na Fórmula 1 desde 2015, sabem que o holandês nunca venceu o primeiro Grande Prêmio de uma temporada, nem conseguiu triunfar no Bahrein.
Em 2022, o holandês teve que abandonar quando estava em segundo em Sakhir atrás de Leclerc nas últimas voltas do Grande Prêmio… mesma sorte teve seu companheiro de equipe Sergio Pérez, que acabou abandonando na última volta.
Um roteiro de corrida que com certeza a Ferrari quer que se repita, com a ‘Scuderia’ sendo a melhor posicionada no grid para disputar o Mundial contra a Red Bull.
Muitas vezes vítima de seus próprios erros de estratégia e problemas de confiabilidade na última temporada, juntamente com erros ocasionais de Leclerc e do espanhol Carlos Sainz, a Ferrari não conseguiu ser um rival de longo prazo diante da poderosa equipe austríaca.
– Hamilton quer voltar a vencer –
A Mercedes, terceira equipe em 2022 depois de passar por dificuldades para se adaptar ao novo regulamento, espera começar a temporada com o pé direito e voltar às primeiras filas do grid.
No Bahrein, seu principal piloto Lewis Hamilton quer poder se reencontrar com a vitória, já que vive um jejum desde 2021. No ano passado, o piloto de 38 anos viveu sua primeira temporada em branco desde 2007. As estatísticas jogam a seu favor no circuito do Golfo, já que é o piloto que mais venceu no Bahrein desde o primeiro Grande Prêmio organizado no local, em 2004.
Hamilton será escoltado pelo britânico George Russell, que apesar do ano ruim da equipe, conquistou oito pódios e uma vitória em 2022.
Na Aston Martin, o canadense Lance Stroll, que havia machucado o pulso em um acidente de bicicleta em fevereiro, estará apto para disputar esta primeira etapa do ano.
Ele havia sido substituído pelo brasileiro Felipe Drugovich, piloto reserva da escuderia inglesa.
Seu companheiro de equipe nesta temporada será o espanhol Fernando Alonso, estreante na equipe britânica após duas temporadas na Alpine. O bicampeão mundial tem deixado boas impressões durante os testes de pré-temporada.
No plano extra-esportivo, como todos os anos desde a revolução xiita de 2011 no Bahrein, várias ONGs e parlamentares europeus levantaram suas vozes contra as violações dos direitos humanos no reino e sobre a situação dos presos políticos.
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Fonte: Folha PE