A varíola dos macacos é geralmente uma doença branda, de acordo com a OMS, mas casos graves podem ocorrer.
A taxa de letalidade da varíola dos macacos é de algo em torno de 3% a 6%. Existem duas variantes da doença, conhecidas como África Ocidental e África Central — o atual surto de varíola dos macacos tem sido associado à primeira.
“A versão da África Ocidental desse vírus da varíola dos macacos é menos grave do que a da África Central. Portanto, é uma boa notícia, pois espera-se que menos pessoas desenvolvam doenças graves com essa variante”, disse à BBC a professora Catherine Bennett, epidemiologista da Universidade Deakin, em Melbourne.
Essa taxa de mortalidade é muito inferior à da varíola humana, que matou dezenas de milhões de pessoas no passado.
A varíola humana tinha duas versões: varíola maior e varíola menor. A maior era a mais mortífera — com mortalidade em 30% dos casos de infecção. A menor causava doenças mais leves e raramente levava à morte.
Algo parecido acontece com a varíola dos macacos, embora com taxas de mortalidade mais baixas.
“A variante da África Ocidental é a mais branda, com mortalidade entre 1% e 10%, e parece ser a que está causando o surto na Europa. A da África Central, por outro lado, é mais virulenta e perigosa e pode matar cerca de 20% dos infectados”, acrescenta Bennett.
Sem vacina específica
Embora não haja uma vacina específica para esse vírus, especialistas acreditam que a vacina contra a varíola humana tem alta eficácia, de 85%, porque os dois vírus são bastante parecidos.
A melhor forma de prevenir surtos é com a vacinação: a vacina da varíola humana é capaz de prevenir a ampla maioria dos casos de varíola dos macacos. Drogas antivirais também podem ajudar.
Mas o que tem se observado até agora é que a infecção do vírus da varíola do macaco acaba se curando naturalmente.
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