Emlurb fez mais de 150 Boletins de Ocorrência no ano passado; prejuízo equivale ao valor da construção de uma nova Upinha, creche ou escola. (Foto: Divulgação/PCR)
Ações de vandalismo, depredações e furtos de patrimônio público causaram, apenas no ano passado, um prejuízo de R$ 2,4 milhões para os cofres públicos no Recife. O levantamento é da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), que em 2022 fez mais de 150 Boletins de Ocorrência referentes a casos dessa natureza, para que os atos criminosos sejam investigados e punidos. Entre os principais alvos do vandalismo estão itens como monumentos, estátuas, pontes, banheiros públicos, iluminação, bombas d´água, fontes luminosas, mobiliário urbano e brinquedos.
O prejuízo causado pelas depredações seria suficiente para construir uma Upinha ou requalificar quatro unidades de saúde da família; construir uma nova creche ou uma escola no atual padrão de qualidade; requalificar 24 escadarias com corrimão ou implantar 1700 pontos de iluminação em LED. Somente na área de iluminação pública, foram 11 quilômetros de fiação furtados, 286 equipamentos como refletores e luminárias vandalizados e 15 postes danificados, provocando a interrupção do serviço e trazendo insegurança para os moradores das localidades prejudicadas. Além das inconveniências para os usuários, o prejuízo financeiro também é grande, chegando a quase R$ R$ 500 mil.
“Nem mesmo as obras que valorizam a nossa cultura foram poupadas. Nove monumentos e diversos brasões, principalmente nas pontes e no Bairro do Recife, também sofreram ações de depredação e furtos, somando um prejuízo de quase R$ 400 mil, que só não foi maior porque algumas peças foram resgatadas”, afirma a secretária municipal de Infraestrutura e presidente da Emlurb, Marília Dantas.
Outra ação comum, a pichação também traz custos que chegaram a quase R$ 250 mil. A destruição de itens pertencentes às vias públicas, como 72 tampões e 17 grelhas de ferro, custou R$ 267 mil. O mobiliário urbano e os espaços de uso comum também sofreram com a depredação. Lixeiras, papeleiras, brinquedos e equipamentos foram constantemente danificados nas praças e parques, resultando no dispêndio de R$ 590 mil. A recuperação de banheiros públicos, como os situados na orla, custou R$ 250 mil. “Até a pavimentação é alvo do vandalismo. Durante o processo de cura, as placas de concreto e os passeios públicos sofrem danos propositais, mesmo com a sinalização das obras. O prejuízo nesses casos foi de R$ 80 mil”, complementa Marília.