Esta terça-feira (29) é o primeiro dia de desobrigatoriedade do uso de máscaras em espaços abertos em Pernambuco, como decretado pelo Governo do Estado.
Em diversos pontos do Centro do Recife, a reportagem identificou pessoas sem máscaras, mas muitas alegaram ainda se sentirem mais seguras as utilizando.
Nas ruas paralelas à Igreja Nossa Senhora da Penha e praça Dom Vital, comercializa produtos naturais Walmir Brito, que é do Rio de Janeiro e está no Recife há um ano e oito meses com sua loja. Para ele, a nova medida é positiva.
“Externamente, eu acho que essa flexibilização vale a pena, a gente manter as máscaras no bolso e o rosto sem máscara para poder dar um sorriso, acho bacana. Mas dentro de estabelecimentos fechados, eu sou a favor de manter o uso das máscaras”, pontuou Walmir.
Já a dona de casa de 50 anos Maria José da Silva achou a medida precipitada. Para ela, o uso de máscaras “deveria continuar, tem gente que acha que a pandemia acabou, mas eu acho que ainda não, para mim continua”, contou ela, antes de acrescentar: “Eu só tiro para beber uma água, comer”.
O professor Pedro Monteiro, de 58 anos, não abriu mão da máscara e andando pelos comércios, percebeu que muitos trabalhadores não estavam respeitando o decreto, que apesar de permitir a não utilização de máscaras em locais abertos, continua exigindo o uso das máscaras em espaços fechados.
“É interessante, entrar em uma loja e ter funcionários sem as máscaras, ou os que estão usando, com elas abaixo do queixo. Como eles podem cobrar do cliente sem seguir a determinação do governo?”, questionou Pedro.
Ele explicou ainda que apesar de sentir um certo desconforto por causa do sol e calor, considera as máscaras como itens essenciais. “A vacina funciona e é a solução e por isso está tendo essa flexibilização, agora é a consciência do povo em ver que tem que seguir [o decreto]”, afirmou.
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Fonte: Folha PE