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“Uma hora o detalhe tem que virar para o nosso lado”, desabafa Roberto após empate

Mais um empate. Mais um placar de 1×1. Mais uma expulsão. O jogo do Náutico contra o Criciúma teve frustrações semelhantes ao do duelo perante o Tombense, na rodada anterior da Série B do Campeonato Brasileiro. A diferença é que, nesta quarta (29), a decepção foi diante do torcedor, nos Aflitos. Até mesmo o fator crucial nos dois encontros foi idêntico: penalidade. Se antes o problema foi tomar um gol de pênalti no fim, por um erro de arbitragem, o problema agora foi desperdiçar uma cobrança a favor.

Em entrevista coletiva, o técnico Roberto Fernandes começou avaliando o que gerou a vantagem inicial dos visitantes no jogo. Para ele, os catarinenses descobriram o melhor jeito de atuar diante de um gramado encharcado pelas fortes chuvas que atingiram o Recife.

“O Criciúma buscou um jogo de ligação mais direta, passe em profundidade, enquanto a gente perdia bolas tentando o jogo curto. A bola travava no gramado, nas poças”, apontou, antes de lamentar o erro decisivo no duelo. “Tivemos uma grande oportunidade no último lance do primeiro tempo e, se a gente voltasse com 2×1, o segundo tempo seria outra história. Até mesmo a expulsão de João Paulo seria diferente porque o time não estaria correndo atrás da vitória”, frisou.

A oportunidade em questão foi o pênalti desperdiçado por Pedro Vítor. O treinador, porém, saiu em defesa do jogador. “Uma hora o detalhe tem que virar para o nosso lado. O jogo hoje teve um script para sairmos daqui unidos, comemorando a vitória. Vai criticar Pedro? Ele bateu o pênalti da vitória (contra o Retrô, na final do Campeonato Pernambucano) e o da virada contra o CRB”, citou. 

Com um a menos, o Náutico ainda correu risco de sair dos Aflitos com uma derrota. O empate, ao menos, ajudou o Timbu a fugir momentaneamente da zona de rebaixamento da Série B. A equipe está em 16º, com 15 pontos

“Pela luta dos atletas, conseguimos o gol de empate e poderíamos ter virado. No segundo tempo, com a expulsão do João, você precisa pesar um monte de coisa. Jogamos há três dias, com uma viagem desgastante em que chegamos aqui (no Recife) às 3h. Foi nítido que o time sentiu o desgaste.Chega um momento em que você precisa raciocinar e esse um ponto, ao menos, deixa a gente fora da zona de rebaixamento”, apontou.

O próximo jogo do Náutico é sábado (2), contra o Novorizontino, nos Aflitos, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Para a partida, a equipe terá os retornos do goleiro Lucas Perri, do lateral Victor Ferraz e do meia Jean Carlos. 

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Fonte: Folha PE

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