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Um pouquinho do Brasil no Catar: “esquentas” para jogos chegam a custar R$ 870

Dia de jogo do Brasil é certeza de muita movimentação na cidade de Doha, capital do Catar. A torcida se divide em dois pontos principais para o “esquenta”, iniciando até dez horas antes de a partida começar. Nesta segunda-feira (5), na expectativa para o jogo contra a Coreia do Sul pelas quartas-de-final da Copa do Mundo, um dos locais preferidos pela torcida brasileira fica a menos de 500 metros do estádio 974, palco da partida, driblando, por exemplo, a determinação de proibição de venda de bebidas alcoólicas nas redondezas dos estádios.

O evento é privado e o interessado precisa desembolsar entre R$ 730 a R$ 870 para ter acesso ao leque de comidas e bebidas, incluindo a tão cobiçada cerveja. Esta é a quinta edição consecutiva de Copa do Mundo em que o grupo ‘Torcida Canarinho’ promove os encontros de torcedores brasileiros em dia de jogos e, no Catar, apesar da diferença cultural em relação às sedes de edições anteriores, não tem sido lá tão diferente. 

“Eu posso te dizer que os ‘esquentas’ são um pedaço do Brasil aqui no Catar, cara. Não tem limite. As brasileiras ficam de biquini aqui, pois estamos em frente à praia. Os homens sem camisa, todo mundo à vontade no ambiente, podendo beber e comer o que quiser, quando quiser, até a hora que quiser. E, depois, a gente vai para o jogo”, declarou Daniel León, presidente do Torcida Canarinho.

León também criticou a decisão do governo catari de proibir a venda de bebida alcoólica nos estádios e arredores, o que aconteceu dois dias antes da copa começar. “Esse entorno é parte da experiência de Copa do Mundo. O ‘sheik’ não sabe disso, mas um dia eu falo para ele”, brincou Daniel.

Diante dessa proibição e, para curtir ao máximo, os torcedores acabam aproveitando cada minuto em eventos que dispõem de bebida alcoólica e deixam para chegar ao estádio mais próximo da hora do jogo. “A gente entra com 10 minutos para o jogo começar, se for preciso. Chega todo mundo em cima da hora, dá confusão para entrar, mas aí é problema da organização. Eles que decidiram mudar”, conclui o empresário. 

O advogado Heibly Fonseca é um dos torcedores que faz questão aproveitar a festa. “É muito difícil achar um local para curtir. Decidi fazer esse investimento que, de fato, é alto, mas que dá para ficar tranquilo, curtir, beber minha cervejinha. É só atravessar a rua que estou no estádio”. 

O advogado mineiro deixou o evento por volta das 21h35, 25 minutos antes da partida do Brasil começar e chegou ao seu assento no Estádio 974 a tempo de posar para foto, ver o pontapé inicial e o começo da vitória tranquila da Seleção Brasileira diante da Coreia do Sul por 4×1.

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Fonte: Folha PE

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