Após semana conturbada, com a demissão de Felipe Conceição e derrota na Série B, o Náutico apresentou nesta segunda-feira (18) o treinador Roberto Fernandes, que em sua quinta passagem pelo clube, já deu início aos trabalhos com o elenco em preparação para a sua estreia: a final do Campeonato Pernambucano, contra o Retrô, na quinta (21).
“É a primeira vez que eu assumo uma equipe em que a estreia é uma final de campeonato, e restam três dias para trabalhar para esse primeiro jogo. Então eu preciso ter responsabilidade e o discernimento de saber o que pode e não pode ser feito, aonde nós temos que atacar para buscar melhorar o desempenho da equipe”, disse o técnico.
Em sua apresentação, Roberto Fernandes não quis comentar sobre quais mudanças tem preparado para a equipe, como uma forma de nivelar o terreno entre o Timbu e a Fênix, que está em trabalho coeso com seu treinador desde o início da temporada.
“Eu tenho uma desvantagem enorme em relação ao Dico (Woolley, técnico do Retrô), que está trabalhando com o grupo dele desde novembro. É uma equipe muito coesa, bem treinada, organizada, e que tem bons jogadores”, analisou.
Entretanto, o treinador parece confiante com os resultados que podem ser obtidos pelos seus jogadores, mesmo chegando em cima da hora para ‘organizar a casa’. Para Fernandes, é preciso ter cautela para evitar erros críticos para o desempenho do time.
“Se eu não acreditasse no potencial desse grupo, eu não teria aceitado um desafio desse, porque não é fácil você fazer uma estreia em uma final de campeonato. Quando você tem todo um campeonato pela frente, um erro seu é diluído dentro do campeonato. Um erro meu pode custar um título”, declarou.
Mas a final do Campeonato Pernambucano não é o único desafio que o treinador terá pela frente. Mais uma vez, Roberto Fernandes encontra o Náutico no final da tabela do Campeonato Brasileiro, mas vê um cenário mais otimista para a campanha.
“Todas as vezes que eu cheguei, o Náutico estava numa zona de rebaixamento, e está, mas há uma diferença enorme. Antes, estava em rebaixamento, em crise, situação caótica, e agora é diferente. Eu não estou chegando como das outras vezes, precisando de um percentual de aproveitamento de 70% em dez jogos, com um time que tinha 30% em 20 jogos”, afirmou o treinador. “Antes de ter pontuação de acesso, você precisa ter pontuação de permanência”, completou
Seja para o Brasileirão ou para a desafiadora semana da final do Pernambucano, Fernandes entende que não há trabalho que leve o time para frente sem o apoio da torcida. Tocado com todo o carinho que tem recebido em sua recepção, o técnico fez um apelo à torcida.
“Eu queria pedir para que o torcedor amplie ao grupo esse apoio que eles estão me dando. Eu tenho certeza absoluta que o torcedor do Náutico quer ver voos maiores, um acesso, esse título de bicampeonato, que já não ocorre há vinte anos, e eu nunca vi isso acontecer se não estiver todo mundo no mesmo barco, e remando para o mesmo lado”
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Fonte: Folha PE
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