Tebet e Lula no segundo turno das eleições — Foto: Andre Penner/AP
Em reunião com Lula, a futura ministra do Planejamento Simone Tebet (MDB) disse que “trabalhará junto” de Fernando Haddad (Fazenda).
“Não vai ter nenhum tipo de exposição. Vamos resolver juntos os problemas”, afirmou ela ao presidente eleito, ao lado de Haddad, segundo apurou o blog.
Ao que Lula respondeu: “Sei das diferenças de visão sobre a economia e isso pra mim não é um problema. Sei que você é equilibrada e qualquer divergência eu decido”.
O “qualquer diferença eu decido” indica o grau de envolvimento que o presidente eleito pretende ter com os assuntos econômicos, embora confie muito em Fernando Haddad.
Durante os governos 1 e 2, Lula se aproveitava das divergências internas de sua equipe para decidir — alguns próximos observam que isso, inclusive, é um método de trabalho: o estímulo à divergência.
Um clássico de seu primeiro governo era o embate entre Antonio Palocci (à época ministro da economia) e José Dirceu (então chefe da Casa Civil).
Além de Lula, Tebet e Haddad, estavam presentes também Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e Alexandre Padilha, articulador político do futuro governo.
Durante o encontro, houve até uma brincadeira entre Tebet e Haddad. Logo após ela dizer que havia afinidades entre os dois futuros colegas de ministério, Haddad completou: “E ainda temos origem árabe”. Todos riram.
O Ministério do Planejamento de Tebet participará do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), inclusive do comitê gestor. A coordenação seguirá com a Casa Civil.
A pasta não vai ficar responsável pelos bancos públicos, como o Banco do Brasil e a Caixa.