Ainda no início da semana, integrantes da Frente Popular, de livre trânsito no Palácio das Princesas, ecoavam um prazo que corria no PSB para anúncio do candidato ao Governo de Pernambuco: “desta semana, não passa, pode ser que saia até a quinta-feira (10), inclusive”.
Ao longo da semana, no entanto, tal expectativa parece que foi esmorecendo e o assunto também foi perdendo força nas conversas reservadas de parlamentares da base. No PT, por sua vez, o senador Humberto Costa, assim que abriu mão, em prol da unidade, de concorrer a governador, pregou celeridade na definição do nome a ser apresentado por seu partido para a vaga do Senado, defendendo que, se possível, não passasse desta semana.
Isso foi na última sexta-feira (04), mesmo dia em que ele almoçou com o ex-presidente Lula em São Paulo.
O detalhe é que a reunião da executiva estadual do PT que vai debater o assunto, acabou marcada, esta semana, só para a próxima terça-feira (15). E, agora, no PT, também já não se aposta que o martelo será batido, necessariamente, neste dia sobre o nome petista para a Casa Alta.
A pressa parece ter perdido o protagonismo, tanto no PSB como no PT. Nisso, as duas siglas, que têm esbarrado em arestas em outras questões, como a federação, por exemplo, parecem afinadas.
No final da semana passada, Paulo Câmara foi a Lula, em São Paulo, num gesto simbólico, comunicar formalmente o que, internamente, já estava decidido: que a cabeça de chapa, em Pernambuco, seria do PSB.
O movimento, segundo os próprios socialistas, precederia o anúncio do nome, que não entrou, exatamente, na pauta da conversa com o líder-mor do PT, garantem fontes do PT e do PSB. Mas a ideia central, que era formalizar que o candidato a governador seria do PSB, acarretando recuo do PT na disputa pelo mesmo espaço, foi consolidada.
Ali, havia, nas hostes socialistas, um debate iminente sobre o tipo de evento que seria organizado para que o governador anunciasse seu candidato à sucessão, e já era dado como certo que o anúncio viria ainda esta semana.
Nos últimos dois dias, no entanto, no Palácio das Princesas, passou a prevalecer o sentimento de que o nome não mais sairia esta semana, que se encerra.
Fontes socialistas, indagadas sobre o tema, cuidaram de recorrer a um “sem previsão”. De um lado, há socialistas definindo o novo prazo como sinal de que “não há novidade”. De outro, na mesma legenda, há quem estranhe a mudança e enxergue novidade, exatamente, aí, na ausência de um deadline exato a essa altura. A conferir.
Henry à mesa com Baleia
Em tempo de costuras para uma federação entre MDB , União Brasil e até com o PSDB, o presidente do MDB-PE, Raul Henry, foi à mesa com o presidente nacional do partido, Baleia Rossi, em Brasília. A conversa se deu na última quarta-feira, quando houve reunião da Executiva nacional da qual o dirigente pernambucano participou. O tema, naturalmente, foi à pauta.
Balança > A Henry, Baleia avaliou como mais viável um casamento do MDB com o União Brasil do que com PSDB. Motivo: há menos conflitos nos estados para administrar com União do que na relação com os tucanos. A dificuldade maior não reside na formação da chapa presidencial, uma vez que, na majoritária, a coligação pode ser adotada, mas está na formação das chapas de deputados. Baleia definiu como “cedo ainda” para sacramentar.
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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo
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