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“Senti a perna doendo, mas trabalho que segue”, diz bombeira agredida em jogo do Sport

A bombeira civil Julianna Martins, que foi agredida por um membro da organizada do Sport após a invasão a campo no empate com o Vasco, falou sobre o ocorrido em entrevista. O Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE) emitiu uma nota condenando a agressão.

Falando à Globo logo após a confusão, a bombeira comentou que não percebeu a agressão mas sentiu a perna doer, ainda assim prosseguiu atendendo os torcedores que passaram mal.

“Não senti na hora. Acho que a adrenalina estava tão alta que eu não senti. Eu só senti depois, os meninos [do Corpo de Bombeiros] mostraram as imagens, e senti a perna doendo, mas trabalho que segue. Tinha muita gente passando mal aqui na ambulância, como vocês viram, e a gente está aqui para dar o melhor e tentar amenizar para quem está passando mal“, disse.

Julianna também admitiu que vai continuar trabalhando em jogos, mas que agora tem um certo receio.

Vou ficar um pouco receosa, na próxima, tentar me resguardar um pouco, mas o trabalho tem que continuar”, finalizou.

Conselho Regional de Enfermagem se pronuncia

O Coren-PE emitiu uma nota na manhã desta segunda-feira (17) repudiando a agressão sofrida pela bombeira e se colocou à disposição para apoio emocional e jurídico. O Conselho também comentou que espera que o agressor seja identificado e responsabilizado pelo o que o Coren-PE definiu como “atos covardes e desumanos”. Veja a nota na íntegra.

“O Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE) repudia os atos de agressão praticados contra a Bombeiro Civil e profissional de Enfermagem Julianna Martins, durante partida de futebol realizada no Recife, no último domingo (16).

O Conselho é contra qualquer forma de agressão a profissionais de saúde, especialmente quando praticadas durante o exercício da atividade, que tem como cerne a preservação da integridade física e mental das pessoas. Oferecemos nossa solidariedade à colega agredida e nos colocamos à disposição para possível suporte emocional e jurídico.

Esperamos que o agressor seja identificado e devidamente responsabilizado por seus atos covardes e desumanos, na certeza do mérito e do rigor da justiça penal e desportiva do Estado”.


 


 

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Fonte: Folha PE

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