As atividades, que foram desenvolvidas nos Distritos Sanitários 2 e 7, figuraram entre as dez melhores do Brasil e foram inseridas em um e-book produzido pelo órgão federal. Um dos projetos ainda foi relatado em um webdocumentário. (Foto: Divulgação/Secretaria de Saúde)
Em pleno Janeiro Roxo, mês de conscientização sobre os cuidados com a hanseníase, a Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife teve quatro trabalhos que abordaram a doença premiados em um evento do Ministério da Saúde (MS), que está acontecendo em Brasília, até 27 de janeiro. A premiação é resultado do Edital de Mapeamento de Experiências Exitosas em Hanseníase, realizado pelo órgão federal, em julho do ano passado. As atividades, que foram desenvolvidas nos Distritos Sanitários (DS) 2 e 7 (que compreendem bairros da Zona Norte da capital pernambucana), figuraram entre as dez melhores do Brasil e foram inseridas em uma publicação produzida pelo MS.
Na última terça-feira (24), os quatro trabalhos recifenses receberam a menção honrosa do MS, durante o seminário “Hanseníase no Brasil: da evidência à prática”, que está sendo realizado na capital federal. As atividades foram classificadas entre mais de 40 iniciativas realizadas na atenção primária e secundária à saúde, das cinco regiões do país.
Os projetos premiados foram inseridos no e-book “Experiências exitosas em hanseníase”, produzido pelo Ministério da Saúde e que está disponível para leitura no link: https://bit.ly/3wytpai. Os títulos recifenses são “Cuidando de quem cuida: olhar ampliado junto aos profissionais de saúde acometidos pela hanseníase”; “Estratégia para aumento da detecção de casos novos de hanseníase no território do Distrito Sanitário VII em Recife, aplicação de um plano de intervenção”; “Estratégia de matriciamento para profissionais de saúde das unidades silenciosas no Distrito Sanitário VII”; e “Coral Grupo Saúde: fruto de um grupo de autocuidados”.
“Para mim, foi uma honra ter os nossos trabalhos reconhecidos pela maior autarquia da saúde, que é o Ministério. Mostrar, nesse evento, que essas experiências devem ser lembradas e mostradas para o país todo é uma grande felicidade e só reforça a ideia de que estamos no caminho certo para fazer o SUS que a gente sonha. Foi um momento de levar para o Brasil a força dos nossos profissionais e pacientes que lidam com a hanseníase no dia a dia. Estar em Brasília para esse evento e ouvir outras experiências de tantos outros locais foi uma troca muito rica”, destaca a coordenadora de hanseníase do DS 7, responsável por três projetos, Mônica Sousa.
O projeto “Cuidando de quem cuida: olhar ampliado junto aos profissionais de saúde acometidos pela hanseníase” ficou entre as três experiências mais bem ranqueadas do país, sendo a única do Nordeste. Por isso, foi relatada em um webdocumentário também produzido pelo MS. O vídeo pode ser assistido no YouTube: https://youtu.be/pijCK4aolWE.
“Foi uma satisfação enorme estar em um espaço de discussões ampliadas sobre o enfrentamento da hanseníase e ter o reconhecimento e a oportunidade de publicizar o nosso trabalho, que foi realizado com os profissionais de uma forma interdisciplinar. Tivemos a possibilidade de enfatizar as perspectivas e as necessidades de reestruturação da rede assistencial da hanseníase e falar um pouco mais das necessidades de acolhimento dos profissionais de saúde e do fortalecimento dos demais atores e dos equipamentos sociais, como Nasf, Caps. Essa premiação não é só do nosso grupo. É do nosso povo, porque as mudanças individuais reverberam no coletivo”, relata a coordenadora de Hanseníase do DS 2 e responsável pelo projeto relatado no webdocumentário, Amanda Queiroz.
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