O surfista capixaba João Paulo Azevedo, conhecido como JP Azevedo, socou a esportista americana Sara Taylor em uma praia de Bali, ilha da Indonésia, nesta quarta-feira. Segundo a revista de surf australiana Stab, que identificou o brasileiro como um dos autores da agressão, a confusão entre os surfistas começou após uma disputa por ondas.
O brasileiro nasceu no Espírito Santo e vive na Indonésia desde 2019. Ele venceu vários campeonatos capixabas nas categorias iniciantes, mirim, júnior e profissional, mas teria se encantado pela ilha após ser convidado por uma produtora de vídeos para a realização de um documentário de surfe na Indonésia, Taiti e Nazaré.
Morando na Ásia desde 2019, ele se casou com Bethan Rose, do País de Gales, e teve um filho que está com nove meses de idade. As informações são do jornal A Gazeta, do Espírito Santo.
O surfista JP Azevedo disse estar arrependido de ter agredido Sara Taylor e divulgou comunicado. Pediu desculpas e disse que estava envergonhado.
JP Azevedo alegou que revidou um soco no rosto recebido por um surfista e que só depois percebeu que se tratava de uma mulher. Segundo o brasileiro, tudo ocorreu porque ele foi questionar a pessoa após seu amigo ser empurrado em uma disputa por onda, e que teria se desculpado ao constatar o engano.
A Quebra Onda, marca de surfwear que patrocinava JP Azevedo, disse que encerrou o vínculo com o surfista.
Entenda o caso
Sara compartilhou vídeos da agressão nas redes sociais. Ela pediu ajuda aos seguidores para identificar os dois surfistas envolvidos no caso. Usuários brasileiros apontaram ser o capixaba JP Azevedo e o marcaram na postagem.
As imagens mostram o momento em que um homem sem camisa a agride nos rosto. Após o ato violento no mar, a confusão continuou na praia. Os agressores tentaram impedir que um acompanhante da americana – identificado como Charlie – filmasse a briga e tentaram acertar Sara Taylor mais uma vez.
O jornal A Gazeta, do Espírito Santo, também identificou o surfista capixaba João Paulo Azevedo como um dos agressores que aparecem no vídeo. Há três semanas, o veículo apontou em reportagem que o atleta mora na Indonésia desde 2019. O segundo homem envolvido no caso ainda não foi identificado.
O Globo tentou contato com JP Azevedo pelas redes sociais, mas a conta do surfista no Instagram foi excluída. Em declaração dada ao G1, ele disse ter pensado que a americana era um homem, e alegou ter perdido a cabeça por causa de uma onda.
— Essa menina parecia um homem, eu não sabia que ela era mulher. Ela surfava igual homem, se vestia igual homem. Ela tava pegando a onda de todo mundo, não estava respeitando ninguém. Eu fui perguntar porque ela tinha feito isso, ela passou e jogou água na minha cara, me xingou. E aí eu perdi a cabeça num estresse momentâneo e acabei agredindo ela.
Em publicação na internet, o surfista Adriano Portela admitiu “ter agido com raiva e desrespeito” no episódio, mas negou ter agredido fisicamente a atleta. Ele afirma que o vídeo não mostra tudo o que aconteceu.
O brasileiro pediu desculpas pelo ocorrido e disse ter entrado em contato com a vítima para tentar “fazer as pazes”.
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Fonte: Folha PE
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