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SAFs podem ser até 40% dos times na Série A em 2023 e colocar pressão sobre clubes

A segunda edição do Brasileiro depois da criação da Lei da SAF, de agosto de 2021, pode ter até 40% dos clubes participantes Sociedades Anônimas de Futebol. Atualmente, a Série A de 2023 já tem garantidos três participantes que aderiram ao modelo: Botafogo e América-MG, ambos já matematicamente livres de qualquer risco de rebaixamento, e o Cruzeiro, campeão da Série B.

Até o fim da temporada, esse número pode chegar a oito. O Vasco pode ser o quarto a se confirmar na elite nacional ano que vem, se o Red Bull Bragantino, que entra em campo nesta quarta-feira, pela Série A, ainda não se livrar da ameaça de queda.

O time carioca enfrentará na quinta o Sampaio Corrêa, em São Januário, atrás de uma vitória que garanta o acesso com uma rodada de antecedência, sem depender de qualquer outro resultado adversário. A presença na primeira divisão deve ser o ponto de partida para o salto de qualidade prometido por diretoria e 777 Partners no processo de criação e venda da SAF.

Tanto vascaínos quanto cruzeirenses devem passar por processo de reformulação no elenco. É normal que aconteça com todo time que sobe da segunda para a primeira divisão, SAF ou não.

A comparação entre o elenco atual e o que terminou ano passado mostra que Botafogo, Coritiba, Goiás e Avaí, equipes que ascenderam para a Série A este ano, têm números praticamente iguais de remanescentes da Série B e novidades para o ano na elite: 18 e 28 no alvinegro, 17 e 27 no Coxa, 15 e 27 no time da Ressacada e 19 e 32 no esmeraldino.

O que faz a diferença é o valor investido na contratação dessas caras novas e da comissão técnica para o Brasileirão. Não à toa, enquanto o Botafogo, com a injeção de capital da SAF e o comando do português Luís Castro, briga por vaga na Libertadores do ano que vem, os outros três ainda têm risco matemático de serem novamente rebaixados. No caso do Avaí, ele é de 96%.

Outra SAF que pode chegar à Série A é a do Bahia, em conversas bem adiantadas com o Grupo City. Assim como o Vasco, depende apenas de si para subir nesta rodada — basta vencer o Guarani sexta-feira, na Fonte Nova. Com investimentos garantidos na contratação de jogadores e uma dívida herdada bem menor do que as de Botafogo, Cruzeiro e Vasco, a SAF do tricolor baiano tem tudo para aparecer na metade de cima da tabela da Série A já no ano que vem.

Galo é oitavo elemento


Três SAFs precedentes da Série B, e mais o Grêmio, que já confirmou a volta à elite, podem colocar pressão nunca antes vista sobre os times que já estão na primeira divisão. Normalmente, as equipes que sobem da Série B entram na A na briga para não caírem novamente, servem como uma espécie de gordura para os que estão há mais tempo na competição. Dos 40 times que atuaram na Série A provenientes da Série B nos últimos dez anos, 65% deles (26) terminaram entre os oito últimos colocados.

Essa onda que vem forte da Série B não escolhe adversário e outras SAFs podem perder espaço. Este ano, após 33 rodadas, o Cuiabá tem 76% de risco de cair para a Série B. Até mesmo o Bragantino ainda está ameaçado, com 1%.

Se as duas equipes conseguirem escapar da queda, se juntarão a América-MG, Botafogo, Cruzeiro, Vasco e Bahia, totalizando sete SAFs na Série A em 2023. O oitavo time pode ser o Atlético-MG, que avança na prospecção de interessados em comprar o controle da empresa que o clube de Belo Horizonte pretende criar para tocar o futebol.

Os planos do Galo são ambiciosos, dão conta de finalizar o processo até o começo da próxima temporada, arrecadando com a venda da SAF algo próximo de R$ 1 bilhão. Isso e mais a perspectiva de salto nas receitas com a inauguração da MRV Arena, prevista para maio do ano que vem, devem manter o Atlético entre as equipes mais fortes do país.

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Fonte: Folha PE

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