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Rodrygo, o “reserva de luxo” da Seleção

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Reserva nos dois primeiros jogos do Brasil na Copa do Mundo do Catar, Rodrygo pode ser titular diante de Camarões, sexta (2), em Lusail, pela terceira rodada do Grupo G. Assim como outros suplentes, que devem ser acionados em um confronto em que o País já está classificado para as oitavas de final. Mas, para o jovem do Real Madrid/ESP, a entrada já será um “prêmio tardio” para alguém que tem sido uma espécie de 12º jogador de Tite. Na ausência de Neymar, que ainda se recupera de lesão no tornozelo, Rodrygo é a peça que mais se encaixa no estilo do craque do Paris Saint-Germain/FRA. Em bom “futebolês”, o menino está “pedindo passagem” na Seleção. 

Rodrygo ganhou pouco mais de 20 minutos em campo na estreia, contra a Sérvia. Substituiu Vinícius Júnior, mas foi deslocado para o setor em que estava Neymar, trocado por Antony na ocasião. Deu mais movimentação ao time e teve ótima chance para marcar. Com a lesão do camisa 10, esperava-se que o atleta estaria na lista dos 11 iniciais perante a Suíça. Tite, contudo, preferiu Fred. 

Entrou e agradou

Com um meio-campo pouco criativo na primeira etapa, o treinador voltou com Rodrygo após o intervalo. “Foi uma opção tática. Temos que ter a capacidade de ler o jogo. Ele pediu a entrada do Rodrygo”, disse Tite. Dos pés do camisa 21 saiu o passe para o gol de Casemiro, em uma parceria que relembrou os tempos em que ambos jogaram juntos no Real.

Rodrygo, todavia, é cauteloso quando comparado ao camisa 10. “Se eu puder fazer metade do que o Neymar faz já vai estar de bom tamanho. Ele é o nosso melhor jogador. Como falei sempre, não quero me comparar a ele, mas se me cabe fazer essa função, espero fazer da melhor forma”, afirmou.

“O campo fala”

Tite gosta de citar essa frase quando precisa explicar qualquer alteração tática e técnica na Seleção. No caso de Rodrygo, a construção de uma jovem promessa até uma realidade passa pelo potencial de adaptação em várias funções ofensivas. Presente na Seleção desde as categorias de base, o jogador começou a carreira atuando como um atacante pelo lado esquerdo. Foi assim que, junto com Vinícius Júnior, o atleta chegou ao Real Madrid, em 2019. 

Nos três primeiros anos, o jogador foi reserva. Em 2021/2022, de “luxo”, diga-se, com participações decisivas no mata-mata do Real da Liga dos Campeões, marcando gols nas quartas e semifinal, perante Chelsea e Manchester City. Com Vinícius em grande fase, o atleta era mais acionado pelo lado direito, setor que também se notabilizou por bons jogos, e centralizado. No início desta temporada, com a lesão de Benzema, o jovem foi deslocado pelo técnico Carlo Ancelotti para atuar como falso 9 – nova adaptação que não decaiu o futebol de Rodrygo.

O crescimento no Real deu base para o jogador ganhar o respeito de Tite. O técnico da Seleção rapidamente percebeu que poderia utilizar o atacante como um armador. Na função, ele ganhou a disputa por espaço com Roberto Firmino, do Liverpool, que ficou fora da convocação para a Copa. De inteligência na articulação, habilidade e boa finalização, Rodrygo tem hoje o troféu de “reserva mais titular” da Seleção.

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Fonte: Folha PE

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