No jogo contra o Cruzeiro, na derrota por 1×0, nos Aflitos, pela Série B do Campeonato Brasileiro, o técnico Roberto Fernandes citou o desconforto por ver que o gol da Raposa surgiu em um erro na saída de bola pelo meio do Náutico. Uma rodada depois, a mesma falha aconteceu. No mesmo estádio. A diferença é que, perante o CSA, o Timbu ainda conseguiu o empate em 1×1. Ainda assim, o treinador voltou a criticar a “inadimplência” da postura do time, além da falta de concentração em momentos importantes.
“Trabalhamos e alertamos para que isso (saída pelo meio) não ocorra. Quem tem oportunidade de acompanhar os treinamentos, sabe que trabalhamos para não sair por dentro. Muito. Os dois gols que tomamos nos últimos jogos foram em tomada de decisão equivocada por dentro. Praticamente no mesmo lugar. Em cada jogo, um atleta do mesmo setor”, afirmou o treinador.
Roberto, porém, não dedicou sua análise apenas ao sistema defensivo do Náutico. Os erros no setor ofensivo também foram abordados, principalmente o de Jean Carlos, no primeiro tempo, que poderia ter feito o Timbu ir ao intervalo já com o resultado de empate.
“O nível de concentração e acerto tem de ser grande para conquistar vitória dentro da competição. As oportunidades do CSA foram em transição ou erro nosso. Tivemos duas chances além do gol e não aproveitamos. Na Série B, você não tem cinco, seis chances claras. O que faltou hoje foi fazer o gol e a vitória. O empate de hoje não foi por conta de substituição errada, falta de volume de jogo ou outra coisa. Jean teve um lance que driblou o goleiro. Ali, era só tocar do lado e a gente já ia (ao intervalo) com 1×1. É o erro. Por isso, eu bato na tecla para concentrar e tomar a melhor decisão”, apontou.
Padrão da Série B
A oitava rodada da Série B já teve seis jogos disputados. Foram cinco empates (quatro deles por 0x0) e apenas uma vitória, por 1×0. Um exemplo que Roberto citou para analisar um “padrão” da competição: poucos gols e muitos empates.
“Tivemos seis jogos nesta rodada. Só uma vitória. É tudo 0x0 ou 1×1. O Náutico não está fugindo da regra da competição. O que incomoda é a questão como mandante. Mas o nível de concentração está alto e as equipes visitantes vem buscar um jogo na transição. O Cruzeiro, por exemplo, não abre mão de jogar com três zagueiros e dois volantes. Na Série B, o fator mando de campo é o apoio do torcedor. Mas, para se jogar, talvez seja mais fácil fora do que dentro. Fora, você não tem a obrigação da construção. Precisamos nos ajustar para não dar ao adversário a estratégia de jogar por um erro nosso”, pontuou.
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Fonte: Folha PE
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