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“Remando em outra direção”, diz Ranielle sobre saída de Hugo Cabral

Na primeira entrevista coletiva após o Santa Cruz oficializar o desligamento do atacante Hugo Cabral, o técnico do clube, Ranielle Ribeiro, detalhou os motivos que o fizeram tomar a decisão. Sem citar o nome do atleta, o treinador contou alguns bastidores envolvendo o caso e comparou o comportamento do agora ex-jogador da equipe com o de outros companheiros de elenco. “Quem não rema na mesma direção, não pode estar aqui”, sentenciou. 

“Minha função é de gerenciar pessoas, direcionar taticamente e tecnicamente a equipe dentro de campo. Aquele que encontramos pelo caminho fazendo o serviço contrário do que almejamos, não fará parte do processo. Infelizmente foi isso que aconteceu com o atleta. Estou aqui para unir forças, remando em uma única direção. Quem não rema na mesma direção, não pode estar aqui”, afirmou.

Ranielle também deu exemplos de atletas que, diferente de Hugo, mostraram uma postura positiva dentro do elenco. “Alemão, que está machucado, pegou o carro e foi lá para Caruaru assistir ao jogo contra o Porto. Fez parte do vestiário, contribuindo. Até mesmo a contratação de Pipico e Gedoz, que abriram mão de propostas melhores, mas encontrando um ambiente favorável a eles. Precisamos de pessoas com esse mesmo pensamento”, argumentou.

A polêmica envolvendo Hugo começou quando ele se recusou a ser substituído durante a partida contra o Vitória. O jogador só deixou o campo alguns minutos depois, após o Leão abrir o placar. Ele saiu para a entrada de Marcelinho. Nos acréscimos, Yan marcou para a Cobra Coral e empatou o duelo em 1×1.

Após o jogo com os baianos, o treinador sequer concedeu entrevista coletiva, dando indícios da insatisfação com o episódio. Na reapresentação do elenco, na última segunda (23), a diretoria pediu ao atleta para não participar da atividade. No dia seguinte, uma reunião foi marcada para comunicar a dispensa do jogador.

“O ambiente do futebol te deixa frio. Para resolver alguns problemas, a frieza predomina porque o futebol nos prepara para isso. Nunca passei por uma situação como aquela. No momento, eu não poderia medir forças. Tinha duas mexidas e uma parada. Chamei meu auxiliar e pedi para ele focar porque não queria perder o jogo. Tomamos o gol e depois surgiu a oportunidade de fazer as duas modificações. Parabenizo o grupo também porque foi um momento complicado. Houve um baque emocional ao tomarmos o gol, mas tivemos a concentração para conseguir o resultado. Estamos mostrando capacidade para várias situações”, pontuou. 

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Fonte: Folha PE

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