Extinto em 2019, o Consea, Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional foi recriado nesta terça-feira (28). Formado por representantes do governo e da sociedade civil, o colegiado é responsável por criar, monitorar e avaliar políticas públicas que garantam o fim da fome no país.
O decreto que recria o Consea foi assinado pelo presidente Lula, destacou a missão do órgão de “encontrar uma solução para minimizar ou terminar a fome do país”.
Para presidir o Consea, Lula escolheu, novamente, a nutricionista, pesquisadora e professora Elisabetta Recine, assim como em 2017 e 2018. Segundo ela, as reuniões começam nesta terça-feira (28), com foco no combate à desnutrição dos indígenas Yanomami, situação que já custou a vida de centenas de pessoas da etnia, em Roraima.
A agenda para 2023 ainda conta com a elaboração da 6ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Segundo ela, o combate à fome exige o fim de desigualdades.
Doutora em Saúde Pública pela USP, Universidade de São Paulo, Elisabetta também coordena o Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição da Universidade de Brasília.
Em 2014, o Brasil havia sido retirado do mapa da fome das Nações Unidas. No entanto, um levantamento da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional mostra que 33 milhões de brasileiros e brasileiras não sabem quando será a próxima refeição, de acordo com dados do ano passado.
Além de assinar o decreto que recria o Consea, Lula também assinou o que cria a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e nutricional. Segundo o ministro do Desenvolvimento e Combate à Fome, Wellington Dias, 24 ministérios compõem a estrutura, que também vai atuar pelo fim da fome no Brasil.
Fonte: Agência Brasil