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Rec-Beat anuncia programação completa da sua 27º edição

Um dos festivais mais tradicionais e inovadores do país, o Rec-Beat anuncia a programação completa da sua 27º edição. Conhecido pela atitude vanguardista em explorar diferentes cenas e gêneros musicais, mas sem perder de vista a tradição, o evento retorna ao carnaval do Recife, no Cais da Alfândega, nos dias 18, 19, 20 e 21 de fevereiro, com um line-up que contempla talentos do cenário local e nacional, e atrações internacionais inéditas. Acompanhe  gente também no Instagram, onde você pode receber várias dicas de viagem e conhecer paisagens incríveis! É só clicar AQUI!

                               

                                     Foto Divulgação cedida pela Assessoria de Imprensa do evento: crédito de Victor Medeiros

Com quase trinta anos de existência, o Rec-Beat continua reforçando seu pioneirismo ao escalar diferentes gêneros e ritmos no line-up. Com uma curadoria atenta à multiplicidade da música contemporânea, o festival é conhecido por mapear novas tendências ao redor do Brasil e do mundo para levá-las ao coração da folia carnavalesca. A ideia é criar uma programação singular e diversa a cada edição, sempre apresentando artistas e shows inéditos ao público. 

“Nesta edição, assim como em todas as outras que realizamos até aqui, o Rec-Beat aposta em novidades, mas sempre com um olho na tradição, com base em uma pesquisa curatorial atenta e constante. Evitamos o conforto de montarmos uma programação que simplesmente replique a obviedade de outros eventos, ou baseada em hypes e algoritmos. Mesmo o festival tendo quase trinta anos de existência, buscamos sempre o frescor e a originalidade. E posso garantir que sempre conseguimos surpreender o nosso público.”, observa Antonio Gutierrez, o Gutie, diretor e curador do festival.

DESTAQUES

Entre os nomes confirmados está o do grupo Bala Desejo (RJ), que se apresenta pela primeira vez na capital recifense. Com ascensão meteórica, a banda estreou com o elogiadíssimo projeto Sim Sim Sim (2022), vencedor do Grammy Latino na categoria de “Melhor Álbum Pop em Português”. Impulsionado por uma reinvenção da estética setentista, o Bala Desejo flerta com a bossa-nova, o indie pop, o pop rock e as referências tropicalistas.

O destaque também vai para Mestre Ambrósio (PE), grupo histórico que fez parte do movimento manguebeat. A banda, que funde o rock a ritmos tradicionais da cultura popular, apresenta um espetáculo catártico que marca o seu retorno em comemoração aos seus 30 anos de criação. Outra lenda da música pernambucana, o Conde Só Brega (PE) está confirmado entre as atrações. Um ícone da cultura local e expoente de um dos ritmos mais importantes de Pernambuco, o Conde chega ao palco do Rec-Beat em consonância com sua nova fase na carreira. Após uma parceria com o cantor João Gomes, o artista atraiu a atenção do público jovem, repaginou suas redes sociais e vem lançando projetos colaborativos com novos talentos da cena nacional. 

As apresentações de Mestre Ambrósio e Conde Só Brega foram viabilizadas através de uma parceria entre o Rec-Beat, a Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). O piauiense radicado em Fortaleza, Getúlio Abelha (CE), também marca presença na programação, trazendo sua fusão de forró, calypso e brega, a uma linguagem pop e eletrônica. Tudo isso potencializado por um show visual e performático, que dialoga com políticas de gênero, sexualidade e críticas ao conservadorismo. Ele apresenta canções de Marmota (2021), seu álbum de estreia pelo selo Rec-Beat, que sintetiza em 12 faixas sua complexa combinação de ritmos, se expandindo até a concepção visual dos seus clipes e figurinos disruptivos.

A lenda viva do funk Deize Tigrona (RJ) sobe no palco do festival ao lado do produtor paulista Mu540 (SP), um dos principais cientistas sonoros da atualidade. Além dos seus sucessos, a dupla apresenta o disco  Foi Eu Que Fiz (2022), que marcou a retomada da carreira de Deize após um longo hiato sem inéditas. Outro nome que chega ao festival com longa trajetória na música brasileira é o de MC Marechal (RJ), no ofício do rap desde 1998. Pioneiro em seu estilo de rimar e produzir, o artista foi fundador do Quinto Andar, um dos primeiros grupos a trabalhar com o Rap Alternativo no Brasil. Influenciado pelas intersecções entre o hip hop e o jazz norte-americano, o coletivo deixou sua marca abrindo um leque de possibilidades na estética e nos assuntos que a cultura do rap nacional passou a abordar.

APOSTAS

Com um trabalho que busca refrescar tendências no hip hop, um dos novos talentos mais instigantes da cena carioca, a cantora  Slipmami (RJ) traz ao Rec-Beat a sua mescla autêntica de death rock, emocore, afropunk e rap. Além dos seus hits que viralizaram nas plataformas digitais, ela apresenta seu primeiro álbum de estúdio, Malvatrem (2023). Abrindo espaço também para atrações não convencionais, que expandem o conceito de festivais de música, o palco do evento recebe o Baratino Loko (PE), um projeto montado exclusivamente para ser apresentado no Rec-Beat, que explora as possibilidades do bregafunk e da cultura musical periférica do Recife. A performance será conduzida pelos produtores Marley no Beat e TomBC, com participação de três nomes de destaque da cena do brega pernambucano: a cantora Laryssa Real, que traz a potência da sua voz para um gênero marcadamente masculino, a multiartista Mun Há, travesti não-binária que realiza experimentações com o ritmo, e o MC CH da Z.O, atualmente o artista de bregafunk com maior número de ouvintes no Spotify.

A programação também perscruta por novos talentos que estão surgindo em Pernambuco. Estarão presentes no line-up as cantoras e compositoras Joyce Alane (PE), 24 anos, e Bela Maria (PE), 21 anos – ambas explorando seus respectivos potenciais vocais em trabalhos autorais que vêm sendo reconhecidos ao redor do Brasil. Também sobe ao palco a musicista caruaruense Vitória do Pife (PE), com um espetáculo que trabalha o pífano como mediador entre o místico e o real. O palco do evento ainda hospeda a Batalha da Escadaria (PE), um tradicional encontro de MCs, que existe desde 2008 em Recife e visa fortalecer a cultura do hip hop local. Os MCs, jovens artistas convidados pelo projeto, produzirão suas rimas freestyle para duelar durante a apresentação, em uma cerimônia que conta com interações do público presente.

Ainda entre as novidades, a banda Joe Silhueta (DF) vem ao Recife pela primeira vez apresentar um repertório que vai do rock à psicodelia, em uma identidade multifacetada que sintetiza de maneira espontânea as tradições musicais brasileiras e os elementos da cultura pop internacional. Em 2016, o grupo chegou a ser indicado ao Prêmio APCA na categoria “Artista Revelação” com o EP Dylanescas. 

TRADIÇÃO

Firmando seu compromisso em representar a diversidade de sons produzidos no território brasileiro, o palco do festival recebe o grupo Suraras do Tapajós (PA), o primeiro conjunto de carimbó no Brasil composto somente por mulheres indígenas. Pertencente à Associação de Mulheres Indígenas Suraras do Tapajós, na Amazônia paraense, o grupo trabalha com o carimbó, um ritmo tradicionalmente executado por homens. Em 2021, as Suratas do Tapajós lançaram o seu álbum de estreia, Kiribasawa Yúri Yí-itá – A Força que vem das Águas, projeto que traz as suas vivências e a musicalidade da floresta.

Em proposta similar, o Afoxé Omô Nilê Ogunjá (PE), fundado em 2004, na comunidade recifense do Ibura, ocupará a programação do festival para uma performance histórica. O grupo cultural e artístico, formado por cerca de 30 integrantes, une música, dança e canto, para celebrar o candomblé e a arte como dinamizadores de transformações do sagrado. Nos shows do Omô Nilê Ogunjá, além da percussão, base da musicalidade do Afoxé, seis bailarinos compõem o espetáculo interpretando letras que trazem sentidos de alegria e celebração, mas também de contestação social. 

INTERNACIONAIS

Também explorando ritmos ao redor do mundo e produzindo um intercâmbio cultural com o carnaval pernambucano, o Rec-Beat anuncia cinco atrações internacionais inéditas no Brasil, com forte predominância de ritmos do continente africano. São eles a artista griot Djely Tapa (Mali), o cantor e compositor Kizaba (Congo), a dupla latina Purahéi Soul (Paraguai), o duo britânico O. (Reino Unido) e o multi-instrumentista e cantor Simon Winsé (Burkina Faso).

Natural da região de Kayes, no oeste do Mali, a cantora Djely Tapa traz ao Recife a arte vocal dos griots, enquanto trafega entre a tradição, o blues e a música eletrônica. A malinês-canadense apresenta o seu álbum de estreia Barokan (2019), em que presta homenagens às mulheres e à africanidade. Também reinventando o tradicional, os paraguaios da Purahéi Soul cantam em guarani, espanhol e inglês. A dupla reúne um mix das suas influências e afinidades sonoras, apresentando canções folclóricas latino-americanas com padrões refeitos de jazz e blues. Com uma performance mais virtuosa e intimista, o cantor, compositor e multi-instrumentista Simon Winsé trabalha com kora, n’goni, arco de boca e flauta Fulani, sendo reconhecido como um dos principais mestres do instrumento. A apresentação é uma parceria entre o Rec-Beat e o Consulado Geral da França para o Nordeste em Recife. 

Ainda representando a abundância de ritmos do continente africano, o cantor, compositor e multi-instrumentista congolês  Kizaba traz o seu pop rock afro-congolês para o palco do evento. Seus trabalhos criam vocalizações inspiradas nos seus antepassados e misturam sons de soukous congolês, afrobeat, house music e R&B. O festival também será palco de um encontro inédito entre músicos do Reino Unido e de Pernambuco, promovido pelo programa Cultura Circular, uma realização do British Council com apoio do Oi Futuro. Neste projeto, o duo britânico O. (Tash Keary e Joe Henwood) participará de uma residência com os artistas locais, sob a direção musical de  DJ Dolores (synths e sampler) e participação dos músicos Lucas dos Prazeres (ogan e mestre), Deco do Trombone (trombone), Parrô (saxofone), Henrique Albino (saxofone) e Yuri Queiroga (guitarra/baixo). O resultado desta experiência será levado ao público durante o show da O., com os músicos envolvidos.

DJs

Foto Divulgação cedida pela Assessoria de Imprensa do evento: crédito de Victor Medeiros

Na line-up de DJs, o Rec-Beat continua apostando em diferentes nomes que trazem pesquisas sonoras distintas e interessantes. Indo da DJ Makeda (PE), trafegando entre o afrohouse, o afro tech e o kuduro, passando por roupaspreta (PE/SE), projeto da multiartista Anti Ribeiro que costura texturas da música eletrônica do sul global, indo até o sets viscerais e plurais da DJ MX (PE) e do DJ Calani (PE).

INCLUSIVO

Mais que uma fusão de expressões artísticas heterogêneas, o evento é uma experiência única dentro da folia recifense. O acesso gratuito proporciona um espaço democrático, inclusivo e libertário para os foliões conhecerem novos artistas e experimentarem ritmos provenientes de várias partes do mundo. O festival também conta área reservada para pessoas com deficiência física e mobilidade reduzida, e intérprete de libras no palco durante os shows.

IRMÃOS CREDO

Para simbolizar toda a miscelânea cultural, a identidade visual desta edição do Rec-Beat é assinada pelos Irmãos Credo, artistas visuais de Trindade, interior de Goiás, que têm como referências afrofuturismo, musicalidade e cultura popular. Com um discurso que transita entre o sagrado e o profano, a dupla concebeu um “kalunga andrógino” para estampar o cartaz do festival. Na estrada há mais de cinco anos, eles vêm unindo cultura popular e negritude em obras que já estamparam peças na SPFW 21, cartazes do Itaú Rock in Rio 22, além de murais ao redor do país. Em 2022, os irmãos realizaram um tour por Caruaru, Olinda e Recife em uma residência artística com o artista visual Max Motta.

O FESTIVAL

Com 28 anos de existência, o Rec-Beat está entre os mais importantes e tradicionais festivais de música do país. Sediado no Recife, onde já promoveu, ao longo de sua trajetória, mais de 600 shows para 3 milhões de pessoas, o evento vem abrindo braços, se expandindo e levando sua experiência sonora para outras cidades, tendo já passado por Fortaleza e Sobral (CE), João Pessoa (PB), Caruaru (PE), Salvador (BA), Curitiba (PR) e São Paulo (SP). 

O palco do festival já recebeu atrações como Emicida, Céu, Erasmo Carlos, Luiz Melodia, Gaby Amarantos, João Donato, Johnny Hooker, Dona Onete, Nação Zumbi,  Liniker, Baianasystem, Mudhoney (EUA), Bomba Estéreo (Colômbia), Ana Tijoux (Chile), Keziah Jones e Nneka (Nigéria), dentre outros, que entraram para a história do evento. O Festival Rec-Beat tem patrocínio da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Secretaria de Cultura e Prefeitura do Recife. Incentivo do Funcultura – Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura e Governo de Pernambuco, apoio do Consulado Geral da França para o Nordeste em Recife e Cultura PE. Mídia parceira Embrazado e O Grito!. Festival filiado à Abrafin e Adimi. Realização da Leão Produções, Rec-Beat Produções e Funarte, Ministério da Cultura e Governo Federal – Prêmio Funarte Festivais de Música 2022.     

Foto Divulgação cedida pela Assessoria de Imprensa do evento

Serviço:

FESTIVAL REC-BEAT 2023

De 18 a 21 de fevereiro a partir das 19h

Cais da Alfândega, Bairro do Recife

Acesso gratuito

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Fonte: Folha PE
Autor: Fabiano Antunes

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