As trocas de telefonemas não têm sido raras entre elas. A relação de Raquel Lyra, pré-candidata ao Governo do Estado pelo PSDB, com Simone Tebet, pré-candidata à Presidência da República pelo MDB, tem se estreitado. Para a emedebista, um palanque, em Pernambuco, encabeçado por Raquel tem grande relevância. Não à toa, Simone tem atuado pessoalmente para reforçá-lo.
Detalhe: se Tebet procurou Raul Henry, ainda esta semana, como a coluna cantara a pedra, ela também foi à mesa, recentemente, com a própria Raquel em Brasília. As duas tiveram encontro presencial, na terça-feira (24) da semana passada, no gabinete da senadora. O papo foi acompanhado pela deputada estadual Priscila Krause, que tem nome cotado para concorrer ao Senado na chapa encabeçada por Raquel. Segundo pessoas próximas, novo tête-à-tête se daria esta semana, mas o sogro de Tebet faleceu, o que teria inviabilizado algumas agendas dela.
Mesmo assim, as duas se falaram por telefone. Quem acompanha as movimentações sublinha que, a despeito da tentativa de construção do PSDB junto a Raul Henry, para ter apoio dele em Pernambuco, há ciência de que ele não terá como erguer um palanque majoritário para Tebet. À coluna, Henry já sinalizara que poderá fazer a campanha da presidenciável junto ao PSDB, mas que, considerando o cenário local, subirá no palanque de Danilo Cabral, pré-candidato do PSB ao Palácio das Princesas.
Nessa última semana, o PSDB, em reunião na última quarta (01), decidiu apoiar a postulação da Tebet, mediante a seguinte condição: quer apoio do MDB para encabeçar chapas em três estados, e, entre eles, está Pernambuco, além de Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Antes mesmo que essa decisão fosse tomada, Tebet cuidou de procurar Henry.
Tiveram, naquele mesmo dia, a primeira conversa política sobre o tema. Henry esclareceu haver, no Estado, “aliança consistente com o PSB”, o que inviabilizaria subir no palanque de Raquel. Explicou ainda que os deputados estaduais da sigla foram “acolhidos no PSB”, que “ajudou a reforçar a chapa”. Relatou, então, “participação na administração no Estado e na Prefeitura do Recife”, alegando não haver “nenhuma justificativa para romper esta aliança”.
O PSDB quer esse apoio do MDB na cena regional e tucanos dizem que Tebet quer viabilizar a construção que o tucanato aguarda. Impostas as condições, os tucanos deram parazo ao MDB até a próxima quarta (08). Enquanto isso, Raquel e Tebete mantêm contato permanente. A conferir.
Novos ares
No ninho tucano, o senador Tasso Jereissati é visto como “um ponto de convergência”. É um entusiasta da candidatura de Raquel Lyra ao Palácio do Campo das Princesas, como também entende que a renovação na sigla passa por ela e por Eduardo Leite.
Numa cajadada > No Governo do Estado, os movimentos de Sebastião Oliveira, do Avante, são vistos como muito sintonizados com os de Eduardo da Fonte, do PP. Resultado: já se contabiliza que é possível haver duas baixas na Frente Popular de uma vez só, caso um dos dois resolva deixar a aliança.
Bem juntinhos > Ainda esta semana, Bruno Rodrigues, que preside o PROS-PE, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, disse que Sebastião Oliveira é o nome que ele defende para vice de Marília Arraes. Já não se descartou Sebastião para vice de Danilo Cabral também, mas há exonerações em curso na gestão estadual relativas à cota do Avante; em sinal também de que o PSB entende o movimento do PP com o Avante como “casado”.
Sem exceção > O União Brasil tem candidatos a governador em 13 estados. Mas Luciano Bivar realça que haverá palanque em todas as unidades da federação, nem que seja com vereador.
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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo
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