Balsas de garimpo ilegal no rio Madeira. Foto: Bruno Kelly/Greenpeace
Os garimpeiros que subtraem criminosamente o ouro da Amazônia estão agrupados de forma ostensiva no rio Madeira.
A Globo mostrou no dia 24 deste mês (novembro), a cena horripilante das máquinas flutuando, atreladas lado a lado por sobre as águas do rio, ameaçadoras como se fossem tanques de guerra de exército inimigo, contingente de destruição ecológica, roubador da riqueza mineral Pátria, matador de índios, envenenador da flora e da fauna pela disseminação de mercúrio no ambiente líquido da natureza, lembrando uma guerra química proibida por sua extrema crueldade, exterminador das matas com incêndios criminosos poluentes do ar e ameaçadores da sobrevivência humana, sujeitando a humanidade aos desastres devastadores decorrentes do efeito estufa.
O governo declarou que o garimpo ilegal naquelas condições não era surpresa, porque acontecia anualmente na temporada de águas baixas do rio. Haveria uma permissibilidade implícita, complacente? Em seguida tornou público o projeto de enviar ao local uma força federal para combater a conduta predatória desses delinquentes. Talvez o segredo fosse essencial ao êxito dessa prometida operação. Fiquei feliz ao saber dela. Os garimpeiros também.
Quem quer, faz, não manda recado.
José de Siqueira Silva é Coronel da reserva da PMPE
Mestre em Direito pela UFPE e Professor de Direito Penal
da FOCCA
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27/11/2021 às 10:04