Tudo parecia ir de mal a pior até que, no último sábado (2), apareceu uma jornalista portuguesa da emissora RTP no saguão do aeroporto Humberto Delgado e quis entrevistá-lo sobre a situação caótica. Abdiás soltou o verbo: disse que estava “fedendo”, com a mesma cueca há seis dias. “Eu só consigo fazer cocô em casa. Eu tô preso, sem fazer cocô”.
A franqueza do brasileiro “preso” em Portugal viralizou, e a situação começou a melhorar. Ele virou o personagem do fim de semana e, no domingo, conseguiu embarcar para o Brasil.
“Quando fui entrevistado pela TV portuguesa, não sabia que estava ao vivo e contei a verdade, o que estava sentindo naquela hora”, diz Abdiás, que colocou o acento agudo no nome por sugestão de um numerólogo, há dois meses. “Pensei (na hora da confusão do voo): ‘me ferrei com essa porra desse acento’. Ia até mandar mensagem para ele para esculhambar (risos)”.
Agora, o novo nome parece estar dando certo: Abdiás já deu diversas entrevistas e diz ter falado com “uns cinco ou seis” jornalistas portugueses, que querem que ele volte ao país para participar de programas de entretenimento.
“Eles gostaram da minha espontaneidade”, diz o comediante.
Aqui no Brasil, o jeito descontraído e autêntico do pernambucano já é conhecido por, pelo menos, 1.2 milhão de seguidores no Instagram e 700 mil no TikTok — que já acompanhavam nas redes dele o perrengue em Lisboa antes mesmo de ele aparecer na TV portuguesa. Ele ficou famoso por empresariar o humorista Ni Do Badoque, que sempre fazia pegadinhas com Abdiás. Muitas dessas “trolagens” viralizaram e colocaram Abdiás nos holofotes e ele também acabou seguindo a carreira artística. Hoje, inclusive, faz parte da turma do humorista Carlinhos Maia.
“Nunca fiz questão de aparecer, mas as trolagens rodaram o mundo. Meus vídeos até já passaram na MTV americana”, diz o brasileiro, antes de listar seus maiores sonhos. “Primeiro: fazer um filme de comédia. Segundo: entrar no “BBB” (Big Brother Brasil). Sou muito sincero e verdadeiro”.
Fonte: Folha PE
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